Publicidade Continue a leitura a seguir

Será mesmo vantajoso ter um carro Diesel?

Amortização de compra: Os modelos Diesel são mais dispendiosos do que os modelos correspondentes a gasolina. Tal está relacionado com o custo superior do desenvolvimento dos motores (que tenderá a aumentar à medida que os construtores têm de obedecer a novas regras anti-poluição) e com as exigências na contenção das emissões a nível global e não só na Europa. O baixo consumo é um bom argumento, associado às prestações muito convincentes, oferecendo assim um equilíbrio que, aos olhos de muitas pessoas, é muito valioso.
Amortização de compra: Mas o preço inicial de aquisição de um veículo Diesel pode levar muitos anos até ser amortizado pela poupança na utilização quotidiana. Ou seja, se um condutor fizer em média 10.000 quilómetros por ano, que é manifestamente pouco para um Diesel, mas um valor médio real para muitos dos portugueses, o custo a mais face a um modelo a gasolina idêntico será difícil de compensar a curto-prazo.
Amortização de compra: Embora seja variável de acordo com uma série de elementos, desde o modelo em questão à economia da alternativa em que se esteja a pensar, passando mesmo pelo estilo de condução, essa amortização tende sempre a ser difícil com a quilometragem anual entre 10.000 e os 15.000 quilómetros. Veja-se, agora, o preço exemplificativo de um Peugeot 208 nas versões a gasolina e Diesel: 14.620€ no caso do 1.2 PureTech 82 e de 18.000€ no caso do 1.6 BlueHDi 75. Ou seja, um diferencial de 3.380€. Assim, vale a pena considerar as opções e fazer contas aos quilómetros que pretende fazer para saber se os cerca de 25 cêntimos de custo a menos no custo do litro do gasóleo compensam, genericamente, os milhares de euros a mais no preço do veículo novo.
Condução unicamente em cidade ‘trai’ fiabilidade: Os veículos Diesel equipados com filtros de partículas podem sofrer, amiúde, de problemas de fiabilidade relacionados esse componente. Isto porque os motores equipados com esta tecnologia – que tem por objetivo reduzir o nível de emissões nocivas para a atmosfera – podem  sofrer problemas relacionados com ciclo de ‘para-arranca’ da cidade.  No caso dos comummente apelidados FAP (filtros anti-partículas), tratam-se de dispositivos que captam as partículas nocivas, como as de óxido de azoto (NOx), presentes nos gases de escape.
Condução unicamente em cidade ‘trai’ fiabilidade: Mas para o conseguirem de forma eficiente, necessitam de alcançar uma temperatura de funcionamento adequada (bastante elevada a rondar os 600 graus), que em cidade dificilmente é alcançada. Por isso, muitos dos carros que são conduzidos maioritariamente em vias urbanas apresentam sintomas de problemas com esse componente devido à sua obstrução.
NOx, esse velho inimigo: O esforço dos construtores nos últimos anos na ‘limpeza’ dos Diesel tem sido enorme. Contudo, as emissões continuam a existir, sobretudo nas partículas nocivas de NOx (óxidos de azoto) que, na atmosfera, acabam por causar problemas respiratórios, especialmente em crianças, idosos ou pessoas já com problemas pulmonares. Contribuem, ainda, para o aumento do efeito de estufa no verão, também ele causador de problemas ao nível do sistema respiratório.
NOx, esse velho inimigo: De resto, é importante notar que a concentração de ozono (enquanto gás de estufa) nas cidades é cada vez mais problemática, sendo que uma concentração acima dos 240 µg por m3 obriga as autoridades a reportarem a situação à União Europeia.
Normas e restrições: De forma a obedecerem a diversas imposições legais no cumprimento das emissões, as marcas começam a recorrer a sistemas como os de aditivos para reduzir as emissões, como é o caso do AdBlue, uma solução aquosa à base de ureia que deve ser restabelecida em intervalos de 10.000 quilómetros e que permite baixar a taxa de emissões de NOx.
Normas e restrições: Mas, mais importante, algumas das grandes capitais mundiais começam a tomar medidas na abolição dos motores Diesel no seu interior, numa forma de combater o excesso de emissões poluentes. Seja por via de restrições de circulação, seja pela imposição de taxas, é provável que mais cidades sigam esta tendência.

Publicidade Continue a leitura a seguir

As marcas começam a apostar cada vez mais em modelos alimentados a energias alternativas, como a eletricidade e a pilha de combustível a hidrogénio, mas a grande maioria dos carros hoje à venda ainda pressupõem uma dúvida bipartida entre gasolina ou gasóleo.

Os argumentos em defesa de cada um são em grande número, havendo quem prefira os veículos com motor a gasolina e quem opte pelos motores Diesel. Mas a questão mantém-se válida: será que o custo suplementar dos veículos Diesel ainda justifica o investimento face ao desenvolvimento cada vez maior dos novos motores a gasolina?

Os grandes construtores têm feito um esforço notável para produzirem motores Diesel cada vez mais limpos e eficientes, resultando hoje em unidades com emissões reduzidas e com consumos de combustível bastante baixos fruto da evolução de sistemas como a injeção direta de combustível. A fatura a pagar é, usualmente, um preço de compra mais caro em relação a uma correspondente versão a gasolina, mas para muita gente esse é apenas um pormenor que é compensado pela poupança diária.

Mas os motores Diesel modernos podem também não ser as escolhas mais adequadas para todos os condutores. Damos-lhe a conhecer (ou recordamos) alguns pontos que deve ter em conta no momento em que pensar adquirir um novo automóvel Diesel, podendo assim fazer uma escolha mais acertada e consentânea com as necessidades.