Um dos benefícios dos veículos híbridos e elétricos passa pela poupança ao nível dos travões, havendo uma longevidade superior destes componentes devido à forma como a regeneração energética ocorre nestes casos.

Note-se que os sistemas de travagem convencionais – de fricção – recorrem a um disco de travão e a pastilhas que, uma vez em contacto, permitem reduzir a velocidade assim que carrega no pedal do travão. No caso dos híbridos e elétricos, o recurso ao sistema de travagem é menos desgastante por ação da regeneração providenciada pelos travões. Isto porque existe um efeito de gerador de energia capaz de converter a inércia em eletricidade para armazenamento nas baterias.

Ou seja, existe uma resistência criada pelo ato de geração de energia que permite perder velocidade assim que se tira o pé do acelerador (deixando a unidade eletrónica de controlo do motor de enviar um sinal para que a bateria envie energia e passe, ao invés, a recebê-la), recuperando-se a energia cinética para a bateria por intermédio desse tal motor/gerador.

Este efeito faz com que as pastilhas de travão possam durar muito mais do que os expectáveis 40.000-80.000 quilómetros (variando naturalmente consoante a utilização) e que os discos, em associação, possam superar os 80.000-100.000 quilómetros de longevidade esperada para um veículo com motor de combustão interna.

Estas situações são já visíveis em modelos como o Toyota Prius de gerações anteriores e o Nissan Leaf, cujos sistemas de travagem têm sido muito mais duradouros do que em modelos de igual potência mas sem qualquer tipo de intervenção na recuperação da energia da travagem.

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