Medicamentos: Quais e como aumentam o risco de acidente?

05/11/2021

Reflexos lentos, instabilidade, tonturas ou visão turva. Alguns medicamentos condicionam fortemente a condução.

Cuidado com os medicamentos. A prática da condução exige concentração total para o processamento informação muito diversa, mas muitos automobilistas não têm consciência que os medicamentos, sejam prescritos pelo médico ou não, pela influência que têm no organismo, podem interferir no desempenho físico e psíquico dos indivíduos.

Fármacos que atuam ao nível do sistema nervoso como os antipsicóticos, os ansiolíticos, os antidepressivos e todos aqueles com capacidades sedativas, vão muito provavelmente afetar o seu comportamento ao volante, seja diminuído os níveis de atenção e vigilância, encurtando a capacidade de reagir a imprevistos ou afetando os reflexos e até as capacidades cognitivas e percetivas.

De acordo com o Infarmed, deve ter atenção especial aos medicamentos para Insónias, Doenças nervosas, Problemas cardíacos, Tensão arterial que atuam a nível do sistema nervoso central (psicotrópicos), Dores, Gripes, Alergias, Diabetes, Epilepsia, Tosse (xaropes), Olhos (gotas ou pomadas), Anestesias.

Com uma lista assim tão vasta, é fundamental consultar o seu médico ou o farmacêutico para se conhecerem em rigor os efeitos secundários de determinado fármaco na condução.

Contudo, existe já uma lista, elaborada por diversas entidades competentes na área da segurança rodoviária, que descreve alguns dos medicamentos no mercado que não deve mesmo tomar se vai sentar-se ao volante:

– Lorazepam

– Alprazolam

– Lormetazepam

– Metamizol sódico

– Metformina

Outros medicamentos e efeitos sobre a condução

Hipnóticos, Somníferos: Sonolência, diminuição da atenção e da capacidade de reação

Ansiolíticos: Sonolência, diminuição da atenção e da capacidade de reação

Antidepressivos: Ansiedade, sonolência, visão turva, alteração da coordenação

Antipsicóticos: Sonolência, tonturas, agitação, fadiga

Soluções Oculares: Visão turva

Analgésicos: Sonolência, diminuição da concentração, tonturas

Anti-histamínicos: Sonolência, falhas de coordenação

Anti-hipertensivos: Tonturas, diminuição dos reflexos

Vasodilatadores: Tonturas, diminuição dos reflexos

Efeitos prolongados

No caso dos medicamentos psicotrópicos, nomeadamente, tranquilizantes e os receitados para a insónia, é necessário ter especial cuidado porque podem continuar a atuar durante várias horas mesmo depois de estar acordado. Os efeitos negativos destes medicamentos podem aumentar se não dormir o número de horas suficiente (cerca de 7 a 8 horas por noite).

Os trabalhadores por turnos, se vão conduzir, devem ter um especial cuidado com o uso dos medicamentos, particularmente com os psicotrópicos, devido à irregularidade dos períodos de sono que pode agravar os efeitos secundários destes medicamentos, alerta o Infarmed.

Atenção:

Com a ingestão de bebidas alcoólicas os efeitos secundários dos medicamentos podem agravar-se. O mesmo com produtos estimulantes ou energéticos, mesmo que sejam naturais ou de ervanária.