M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
No domingo, o relógio atrasa uma hora, com o final do horário de verão e o regresso ao “tempo universal” determinado a partir do meridiano de Greenwich. Como é habitual com a mudança da hora, o corpo humano necessita de algum tempo de adaptação até o seu relógio biológico se habituar, e para os condutores noturnos podem aumentar o perigo de acidente ao volante.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A mudança de hora poderá colocar os condutores na estrada num horário em que normalmente estariam a dormir, e a atividade cerebral poderá não estar adequada à necessidade imediata de quem está ao volante. Condutores de idades e sexos diferentes usam o veículo de maneiras distintas a conduzir à noite, mas o perigo de acidente aumenta sempre para cada um deles.

De acordo com dados recolhidos pela seguradora britânica Insure The Box, com a mudança de hora, os condutores do sexo masculino têm mais 37 por cento de hipótese de sofrer acidentes nas últimas horas da madrugada (uma hora onde a percentagem de condutores profissionais é maior), enquanto condutoras do sexo feminino veem a probabilidade de se envolverem num acidente aumentar em 30 por cento de hipótese durante a hora de ponta, nas primeiras horas da manhã.

O aumento de velocidade e a mudança de hora não combinam, e os condutores jovens que circulem em excesso de velocidade têm três vezes mais hipótese de sofrer um acidente entre a meia-noite as sete horas da manhã, durante a semana seguinte ao novo horário. É recomendável andar sempre abaixo do limite de velocidade para aumentar o tempo de reação, até porque nesta altura do ano há sempre mais possibilidade de apanhar mau tempo na estrada. Um novo horário, condução à noite e chuva na estrada, em conjunto, obrigam um condutor a ter mais cuidados ao volante.