Os pequenos toques no trânsito podem parecer insignificantes, mas secretamente podem provocar grandes danos num carro. Os ligeiros contactos entre veículos podem ser abordados pelos seus proprietários sem preocupações de maior depois de vistas as consequências a partir do exterior, sendo que a ausência de danos nos para-choques é usualmente entendido como um sinal de que não existiram prejuízos. Mas, uma vez que os para-choques dos carros atuais têm um determinado grau de flexão, os danos podem estar escondidos.

Mas esses pequenos toques, aparentemente inofensivos, podem ter graves consequências no futuro, já que um dos elementos que pode sofrer danos e não cumprir o seu papel convenientemente numa outra eventualidade de acidente é a travessa de absorção de impactos, localizada na dianteira e na traseira e escondida logo atrás dos para-choques, que pode ficar dobrada e assim ficar com a sua integridade comprometida.

Ainda que no quotidiano nada possa ocorrer de mal, um dos efeitos que essa possibilidade pode acarretar é a incapacidade de suportar na perfeição um embate mais forte, não conseguindo dessa forma cumprir a sua missão e dissipar os efeitos do choque. Além disso, nas situações em que o condutor bate de frente, alguns elementos como os sensores dos airbags podem ficar com o seu funcionamento comprometido, tornando o seu acionamento irregular – ou abrindo mais tarde em caso de acidente ou nem abrindo de todo.

Outro efeito, quando existem danos na travessa, é a incapacidade de proteger componentes que se situam logo atrás, como o radiador, que pode assim danificar-se mais rápida e facilmente. A travessa tem também por missão impedir danos nesses componentes em acidentes de média velocidade, pelo que caso tenha sido danificada em toques no trânsito – por exemplo, até aos 20-25 km/h – poderá deixar que danos maiores passem para os elementos da refrigeração do motor.

A acumulação de contactos pode apenas e só tornar o risco maior de não existir uma conveniente proteção dos ocupantes, mas também fazendo com que um segundo acidente se torne mais dispendioso. Assim, caso tenha um pequeno acidente no trânsito e mesmo que exteriormente os danos não sejam visíveis, troque dados com o outro condutor e leve o seu carro a uma oficina para que o para-choques seja desmontado.

Para quem compra um carro em segunda mão este pode ser também um problema a ter em conta, já que muitos dos proprietários podem nem sequer saber de problemas do género que existam nos seus carros no momento de os venderem – uma vez que acreditam ter o carro em perfeito estado, apesar do para-choques ligeiramente amassado. Geralmente, tenha em atenção esse tipo de danos para tentar perceber se, sob a ‘pele’, se escondem surpresas pouco agradáveis.

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