Tal como os passageiros ou animais de estimação, todos os objetos com algum volume devem estar bem seguros no habitáculo de forma a evitar a sua deslocação em situações de travagem violenta.

As recomendações já não são novas, mas são ainda muitos os automobilistas que não dedicam a atenção necessária à arrumação dos objetos mais pequenos no interior do veículo, podendo causar que os mesmos se soltem durante as travagens e possam causar lesões nos passageiros, uma vez que o seu peso multiplica-se de acordo com a força de travagem, podendo funcionar como projéteis.

Muito recentemente, foi notícia em Espanha a morte de uma criança de três anos, depois de bater de forma violenta com a cabeça no tablet que estava a utilizar no carro, na localidade de Vilanova de Arousa. A criança circulava na devida cadeira infantil e com os dispositivos de retenção apertados, embora o embate da cabeça com aquele dispositivo eletrónico tenha acabado por ser fatal.

Muitos dos condutores admitem que nem sequer utilizam os porta-objetos no habitáculo, deixando-os simplesmente à solta nos bancos. Objetos como tablets ou livros podem dessa forma sair ‘disparados’ em situações limite, podendo causar ferimentos graves em quem ‘recebe’ o impacto.

Alguns exemplos anunciados pela Dirección General de Tráfico (DGT), de Espanha, apontam que um smartphone de 110 gramas converte-se numa força de 3,9 kg num embate a 50 km/h. Já num choque a 60 km/h o peso passaria a ser de 12,5 kg. Mais grave ainda: uma cadeira infantil com uma criança de três anos para um peso combinado de 20 kg poderia resultar num peso de 787 kg numa colisão a 50 km/h e de 2550 kg no caso de ser a 90 km/h. A DGT faz uma comparação entre o peso do objeto mediante a travagem a 50 km/h e a 90 km/h.

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