Um dos campeonatos que tem sido apelidado de vanguardista é o Roborace, que coloca em pista carros autónomos em competição. Embora ainda esteja a ser desenvolvida, esta nova fórmula de carros sem condutor não será totalmente autónoma, já que o carro e piloto humano terão de cooperar.
Neste novo campeonato, o piloto irá conduzir uma parte de cada corrida, cabendo ao sistema autónomo do veículo assumir o controlo na outra parte. A ideia é tornar a competição mais interessante, com Lucas di Grassi, ex-piloto de Fórmula 1 que é agora o CEO da Roborace, a entender que o fator humano continua a ser importante para chamar a atenção do público.
Em declarações ao Autosport.com, o piloto brasileiro explicou que “mudámos de ideias. A noção de um piloto a conduzir e depois sair do carro exemplifica muito melhor a diferença entre a condução autónoma e humana. Mais importante, penso que o desporto motorizado tem de ter um elemento humano. O desporto sempre foi sobre a relação homem-máquina”.
Para o efeito, estão a ser construídos seis ou sete novos carros, à medida que é desenvolvida a nova arquitetura de eletrónica para estes monolugares. Estes serão igualmente novos, abandonando-se os Robocars iniciais e adotando-se agora uma nova geração, os DevBot 2.0, que permitem condução humana e autónoma. A motorização elétrica continuará a ser obrigatória.
Estes DevBot estão pensados para as duas primeiras temporadas (denominadas Alpha e Beta), devendo na terceira época passar para um novo carro, mais avançado nas suas capacidades autónomas, mas também com habitáculo para o condutor humano. A potência deverá rondar os 1000 kW, ou seja, os 1340 CV.