O vídeo-amador, captado por Thomas Gronvold e publicado no Youtube, aborda alguns dos principais momentos dos três días de competição no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em São Marino, ao longo dos quais Roland Ratzenberger e Ayrton Senna perderam a vida.
As imagens, agora convertidas para digital, não trazem qualquer novidade sobre os acidentes propriamente ditos, embora permitam obter uma reação mais pessoal a alguns dos acidentes que marcaram aquele evento. Na sexta-feira, o brasileiro Rubens Barrichello havia sido o primeiro a sofrer um grave acidente, sofrendo lesões que o impediram de competir no resto do Grande Prémio, mas foi no sábado que a morte voltou à F1, com o austríaco Roland Ratzenberger a embater violentamente na Curva Villeneuve.
De frente para as boxes, Gronvold mostra o início daquela que veio a ser a última volta do piloto e os destroços do Simtek-Ford a regressarem às boxes.
Antes do acidente de Senna, porém, é possível ter uma outra abordagem sobre um acidente que envolveu o Benetton de JJ Lehto, que havia ficado parado na grelha de partida, e o Lotus de Pedro Lamy, que não conseguiu evitar o carro imóvel. Os detritos desse embate acabaram por ir parar à bancada, ferindo alguns dos espectadores, sendo possível perceber a comoção gerada na bancada pelo sucedido.
A remoção do Benetton de Lehto de forma algo arcaica – puxado por um outro carro da organização sem que o monolugar tivesse as quatro rodas no chão – também é curiosa de observar.O acidente que ceifou a vida a Senna também não surge nas imagens, mas sim os momentos seguintes de confusão, chamando a atenção a forma preocupada como Gerhard Berger procurou informações junto da boxe da sua equipa, a Ferrari, e a inquietação na da Williams, sem que ainda não se soubesse da fatalidade de Senna.
Durante a corrida, tempo ainda para mais um momento de preocupação, com um incidente nas boxes a causar ferimentos em mecânicos da Ferrari e da Lotus, devido a uma roda que se soltou do Minardi de Michele Alboreto.
Noutras notas, Berger e Larini, os pilotos ao serviço da Ferrari, sempre apoiados, em especial no final, depois do segundo lugar do italiano, que substituía Jean Alesi no Ferrari com o número 27. Os festejos do público e dos pilotos, explica Gronvold, advêm do facto de nada se saber sobre a morte de Senna.
