GP da Estíria: Max Verstappen domina e amplia vantagem sobre Hamilton

Pela primeira vez desde que a atual regulamentação dos motores híbridos V6 entrou em vigor na Fórmula 1, em 2014, a Mercedes-AMG está há quatro Grandes Prémios sem vencer. No GP da Estíria, disputado no circuito austríaco de Spielberg, Max Verstappen (Red Bull Honda) dominou a seu bel-prazer e obteve o seu quarto triunfo da época, tendo Lewis Hamilton que se contentar com o segundo posto. Valtteri Bottas, no outro Mercedes-AMG, ficou na terceira posição.

A luta pelo triunfo praticamente não teve grande história, com Max Verstappen a aproveitar da melhor forma a sua pole position e a convertê-la numa liderança que durou até final, não perdendo a posição nem mesmo durante a sua única paragem na boxe para mudança de pneus. Hamilton não teve argumentos e, desta feita, teve de se contentar com o segundo posto, ficando sempre a ideia de que o líder da prova teria mais ritmo em ‘carteira’ caso fosse necessário perante qualquer hipotética aproximação do britânico.

Na penúltima volta, já a mais de 11 segundos do líder, Hamilton aproveitou para trocar de pneus e montar compostos macios para assim tentar obter o ponto suplementar para a volta mais rápida, o que conseguiu na derradeira volta, somando assim 19 pontos em vez dos 18 do segundo lugar.

Bottas ficou com o último lugar do pódio, superando o Red Bull de Sérgio Perez nas paragens nas boxes, tirando partido de uma manobra mais lenta do piloto mexicano que assim foi batido pelo finlandês. No entanto, Perez parou uma segunda vez para montar pneus médios novos para tentar apanhar Bottas nas voltas finais com pneus mais velhos e assim tentar a ultrapassagem, mas o homem da Red Bull apenas chegou à traseira do Mercedes na última volta, faltando-lhe voltas para esboçar um ataque.

Lando Norris (McLaren) partiu bem e chegou a ocupar o terceiro lugar durante as primeiras voltas, mas sem ritmo para segurar Perez e Bottas foi ultrapassado e fez uma prova relativamente solitária, terminando em quinto, cerca de seis segundos à frente do Ferrari de Carlos Sainz, que fruto de uma estratégia mais agressiva de gestão dos pneus – com uma primeira parte de prova muito longa (41 voltas com os pneus médios) – conseguiu capitalizar na parte final quando, com pneus mais frescos, efetuou algumas ultrapassagens para chegar a sexto, logo à frente do homem do dia, Charles Leclerc, no outro Ferrar.

O monegasco danificou a asa dianteira do seu monolugar logo na primeira volta num toque com Pierre Gasly, parando nas boxes para mudar o nariz do carro e caindo para último. Viria a recuperar até ao sétimo lugar, com o mérito de recuperar bastante tempo após a paragem logo no final da primeira volta.

As lutas do meio do pelotão sempre foram, aliás, de grande interesse, dado o ritmo muito semelhante entre praticamente todas as equipas – com exceção da Red Bull e Mercedes num extremo e da Haas no outro -, com Lance Stroll (Aston Martin) a sobressair com o oitavo lugar, imediatamente à frente de Fernando Alonso (Alpine) e de Yuki Tsunoda (AlphaTauri).

Logo atrás acabaram Kimi Raikkonen (Alfa Romeo), Sebastian Vettel (Aston Martin) e Daniel Ricciardo (McLaren).

Nota para a excelente prestação de George Russell (Williams), que era oitavo quando foi obrigado a abandonar com um problema hidráulico no seu monolugar, continuando assim sem conseguir os seus primeiros pontos com a equipa de Grove. Pierre Gasly (AlphaTauri) teve uma corrida para esquecer, ao sofrer danos extensos na suspensão traseira esquerda do seu carro fruto não só do contacto inicial com Leclerc, mas depois também com outros pilotos na Curva 2 quando procurava não importunar mais ninguém.