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Com o objetivo de fazer mais e melhor pelo desporto automóvel em Portugal, Manuel de Mello Breyner e Mex Machado apresentaram o seu programa de candidatura “Juntos Pelo Desporto Automóvel” à Direcção da FPAK para o período de 2017 a 2020, sendo o regresso dos testes da Fórmula 1 e a disputa de uma prova do WEC duas bandeiras eleitorais.

Manuel de Mello Breyner, que assumiu nos últimos quatro anos a direcção da entidade federativa, revelou que o seu objetivo é revitalizar o desporto automóvel nacional, tendo percebido que “um mandato não era suficiente para colocar o desporto automóvel nacional no nível em que ambiciono”.

Afiançado que “cumprimos o que nos propusemos em 2014 e que se centrou sobretudo na recuperação financeira e sobrevivência da FPAK”, Mello Breyner quer partir para uma nova etapa, usufruindo “dessa estabilidade para apostar em áreas que entendemos ser fulcrais para a evolução e afirmação do nosso automobilismo e karting”.

Já Mex Machado explica o porquê de ter aceite integrar o seu projecto no de Mello Breyner: “Depois de muitas conversas com o Manuel e de sempre ter considerado o seu trabalho em termos financeiros um sucesso, achei que havia muitas lacunas noutras áreas”, começa por indicar, acrescentando que “ambos queríamos o mesmo: o melhor para o desporto automóvel”.

Assim para 2017-2020, a candidatura “Juntos pelo Desporto Automóvel” propõe uma equipa totalmente conhecedora e experiente em todas as áreas do automobilismo e que será a mais jovem dos últimos mandatos, centrando-se exclusivamente em nomes com conhecimento de causa.

No seu programa, revelado aos jornalistas em Lisboa, os candidatos revelaram alguns dos frutos alcançados com o primeiro mandato, sobretudo ao nível da recuperação e manutenção da estabilidade financeira, “encontrando o equilíbrio e solidez necessários rumo à sua total resolução”. Com efeito, apontam uma redução do passivo como ponto mais importante, passando dos 1.478.235,51 euros de 2012 para os 512.298,15 euros de 2016, de acordo com os dados apresentados por esta candidatura. Além disso, houve ainda espaço para a redução de dívidas às instituições financeiras e à Federação Internacional do Automóvel (FIA), bem como a recuperação e manutençã do estatuto de Utilidade Pública Desportiva. Outro ponto considerado cumprido foi o de “redução sistemática, sustentada e significativa de custos para os associados e licenciados, por forma a facilitar o acesso à organização de provas e à prática do desporto automóvel e karting”.

Objetivos ambiciosos

Para o seu programa de 2017 a 2020, esta candidatura aposta em diversos traços de melhoria do desporto automóvel em Portugal, passando pela criação de programas de incentivo à iniciação ao automobilismo e karting, novo modelo de parcerias com marcas e patrocinadores, evolução de Programa “Informatização do Desporto Automóvel”, estabilidade da regulamentação e agilização dos processos, reforço da estabilidade financeira, acompanhamento da evolução das categorias elétricas e aproveitamento do desporto motorizado como incentivo à segurança rodoviária e solidariedade social. A par de todos estes parâmetros, esta candidatura elege ainda como bandeiras o incentivo à criação de troféus e séries promocionais, de forma a atrair “mais praticantes, mais marcas, mais patrocinadores e mais público, melhoria da divulgação das provas, incorporação de novas tecnologias na comunicação e consequente melhoria e aumento das bases de dados.

Fórmula 1 na mira

Em termos desportivos, a ambição maior é o regresso da Fórmula 1 à Portugal, embora apenas com treinos de pré-temporada na época de 2018, além do desejo de contar com uma prova do Mundial de Endurance (WEC) também em 2018. A realização da primeira prova de carros eléctricos com envolvimento das marcas (já em junho) é outro dos objetivos, bem como a final do FIA European Rallye Trophy 2017 no Rali Casinos do Algarve (em 2017) e o regresso do Rali das Camélias a Sintra em fevereiro de 2018 e do desporto automóvel à Grande Lisboa.

A promessa de um campeonato nacional de Drift, que no passado já existiu com outros moldes, é também apontado como ambição para 2017. Na promoção do automobilismo, a entidade pretende implementar o programa “Desporto Automóvel nas Universidades” – 2018 e conceder um incentivo a menores de 18 anos à iniciação no Offroad e Velocidade.

Para os órgãos sociais, a candidatura apresenta nomes sonantes como Mário Silva para o cargo de vice-presidente, cargo que também é apontado para Mex Machado, enquanto Miguel Pais do Amaral fica a cargo da vertente financeira.