Esta é a primeira vez que isto foi verificado, desde que as autoridades de trânsito começaram a contabilizar estes números, em 1970. O governo local de Copenhaga investiu mil milhões de coroas (134,5 milhões de euros) para tornar a cidade mais acessível a veículos de duas rodas sem motor, incluindo faixas e pontes exclusivas e locais de estacionamento. Uma parte importante para o conforto dos ciclistas é garantir que não têm que disputar espaço com veículos a motor na estrada.
Mais de metade da população de Copenhaga, cerca de 56 por cento, utiliza a bicicleta como seu meio de transporte primário para se deslocar na cidade, contra 20 por cento de uso de transporte público e 14 por cento de automóvel próprio. A maior parte dos carros que circulam são de pessoas vindas de fora.
Copenhaga está apenas no 185º lugar na lista de cidades mais congestionadas, uma lista que é liderada pela Cidade do México, seguida de Banguecoque e Istanbul. No uso de bicicletas, Copenhaga ficou à frente de Amesterdão Utrecht, ambas na Holanda. A cidade francesa de Estrasburgo ficou em quarto lugar. O top 10 inclui ainda Eindhoven na Holanda, Malmoe na Dinamarca, Nantes e Bordéus em França, Antuérpia na Bélgica, e a cidade espanhola de Sevilha. A primeira cidade fora da Europa é Buenos Aires, em 14º.
Estas cidades têm em comum poucas variações de altitude, facilitando o uso de veículos sem motor. Por esta razão, nenhuma metrópole portuguesa está perto de entrar no ranking da Copenhagenize, que contabiliza apenas as 20 cidades mais amigas dos ciclistas. Lisboa, em particular, com as suas grandes elevações, incluindo no centro histórico, são difíceis para a circulação de bicicletas.