Costa Rica vai eliminar sacos de plástico em quatro anos

M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A Costa Rica quer ser o primeiro país a eliminar o uso de plásticos não reutilizáveis, tendo estabelecido o ano de 2021 como meta para retirar de cena o uso de sacos, garrafas e outros utensílios que são usados uma única vez. Isto faz parte dos planos deste país América Central para se tornar neutro nas emissões de carbono.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Depois de ter sofrido bastante com a desflorestação em décadas passadas, a Costa Rica tem feito um bom trabalho de recuperação da área florestal do país desde os anos 90. A floresta costa-riquenha tem um dos biomas com maior diversidade de espécie (tanto plantas como animais) da América Central, e preservar este meio ambiente passou a ser uma das principais prioridades governamentais. Para acabar com o abatimento industrial de árvores, a construção local passou a ser feita com bambu. Mas os plásticos continuam a contaminar florestas, rios e praias.

Cerca de 800 toneladas diárias de plásticos não reutilizáveis aparecem em zonas naturais, onde constituem uma das principais fontes de poluição. Para substituir os plásticos, universidades locais já estão a pesquisar alternativas que possam ser igualmente baratas, com um grupo de estudantes da Universidade da Costa Rica a terem já criado um material feito a partir de bananas, que será cinco vezes mais resistente, mas que terá a vantagem de se desintegrar em 18 anos.

O material chama-se acetato de celulose e pode ser feito a partir dos amidos extraído de várias plantas locais (nomeadamente banana ou mandioca), bem como de quitina, elemento que forma as carapaças de crustáceos como o camarão ou o lagostim. Para estimular o uso destes materiais pelo público, o governo da Costa Rica vai regular o uso de plásticos e oferecer incentivos à pesquisa e utilização de materiais alternativos mais amigos do ambiente.