O Governo Francês estabeleceu hoje o ano de 2040 como aquele em que as vendas de automóveis com motores de combustão interna irão ser proibidas.

Um dia apenas depois de a Volvo ter anunciado que a partir de 2019 todos os seus carros terão um meio de eletrificação, surge agora a vez de França estabelecer o ano de 2040 como o último para a comercialização de veículos com motores convencionais.

O anúncio foi feito por Nicolas Hulot, ministro do Ambiente de França, numa conferência de imprensa realizada em Paris, na qual ficou também explícito o plano de não apoiar qualquer iniciativa ou projeto que conte com combustíveis fósseis nessa mesma data.

Com a mobilidade elétrica a ganhar cada vez mais peso e mais adeptos, os construtores começam agora a apostar com mais veemência neste tipo de propulsão, algo que os governos dos países também começam agora a enfatizar. Exemplos disso são os governos alemão e holandês, que também anunciaram planos para proibir as vendas de veículos com motores de combustão interna, embora no caso da Alemanha exista apenas uma proposta de lei nesse sentido para terminar as vendas de carros convencionais em 2030. Para cinco anos antes, em 2025, os governos dos Países Baixos e da Noruega, também assumem intenções semelhantes.

Hulot não indicou, em concreto, que medidas vão ser tomadas, mas reconheceu que se trata de uma “verdadeira revolução, ainda que as condições para que isso suceda existam”. O ministro gaulês enalteceu ainda que este objetivo se reveste de grande peso para os construtores, mas que a premissa de ter apenas veículos ‘verdes’ nas estradas é um feito que pode ser alcançado, destacando igualmente que se trata de uma questão de saúde pública.

Não ficou igualmente explícito se os veículos híbridos também terão uma comercialização interdita. Por seu lado, Hulot indicou que um dos primeiros passos para incentivar a mudança entre os condutores será através da oferta de incentivos aos proprietários de carros Diesel anteriores a 1997 ou gasolina anteriores a 2001 por outros mais recentes e menos poluentes para “tornar o planeta mais verde, outra vez”. Não ficou estabelecido nenhum valor, nem uma data para a sua entrada em vigor.

Para descarbonizar a França, será ainda terminada a produção de eletricidade a partir do carvão, numa medida que pretende suprimir uma das grandes fontes de emissões de CO2 para a atmosfera e de contaminação de lençóis freáticos. Esta medida irá entrar em vigor já em 2022. Também a energia proveniente do nuclear irá ser reduzida em 50% em 2025.

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