A pequena construtora automóvel nanoFlowcell, que até hoje revelou três concepts revolucionários, acredita ter descoberto a solução para resolver todos os problemas prementes da mobilidade sustentável. O mais recente modelo, o Quantino concept, surgiu no passado Salão de Genebra com a particularidade de contar com uma motorização elétrica que recebe a sua energia a partir da reação química entre dois líquidos iónicos, qualquer coisa como água salgada.

A marca oriunda do Liechtenstein reconhece que, até à data, ainda “ninguém conseguiu encontrar uma solução simples, segura e sustentável para armazenar eletricidade”, mas a pequena fabricante considera que a tecnologia ‘flow cell’ de electrólitos permite armazenar energia sem decomposição ou atrito entre materiais, sendo assim mais ecológica e capaz de proporcionar uma densidade energética até cinco vezes maior do que uma tecnologia de célula de combustível convencional.

A nanoFlowcell recorre a uma solução em que a chave está numa bateria de fluxo, ou seja, um sistema de dois depósitos 159 litros cada para uma autonomia estimada de 1.000 quilómetros. Esses líquidos ionizados são de polaridade distinta: um é positivo e outro é negativo, sendo que a sua combinação gera uma reação eletroquímica que, por sua vez, produz energia elétrica para um sistema elétrico de 48 V. Esses líquidos ionizados são uma espécie de água salgada, se bem que não exatamente igual à que se encontra no mar.

A marca promete que o reabastecimento do líquido iónico não demoraria mais do que o efetuado numa bomba de combustível comum. As emissões poluentes são inexistentes, garante ainda a nanoFlowcell.

Com quatro motores elétricos e um sistema de baixa voltagem, a potência combinada deste pequeno coupé de quatro lugares (2+2) ascende aos 108 CV, podendo chegar aos 100 km/h, com arranque parado, em menos de cinco segundos. A velocidade máxima está cifrada acima dos 200 km/h.

A nanoFlowcell reivindica para o Quantino – que segue as pisadas do Quant FE e Quant E – uma usabilidade de grande nível, tendo cumprido já este ano um teste de resistência de 14 horas contínuas sem reabastecer. O teste de ‘resistência’ terminou ao cabo de 14 horas e três minutos, ainda com os dois depósitos de 159 litros ainda a 78% de capacidade.

O Quantino continua a ser ainda um conceito de mobilidade, não havendo ainda uma versão prevista para ser produzida em série. Aquilo que a marca pretende é que este seu sistema ‘flow cell’ possa ser também utilizados noutras áreas de transportes – como o ferroviário ou aéreo -, mas também na eletrificação doméstica. Tanto mais que os líquidos iónicos são de fácil concepção e de fácil abastecimento, tratando-se de soluções aquosas não inflamáveis e não tóxicas.

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