Carregar um veículo elétrico num dos 14 postos de carregamento rápido (PCR) instalados no país vai custar entre 1,5 e três euros. Será com este intervalo de preços que os utilizadores de veículos elétricos terão de jogar quando os PCR estiverem em funcionamento, já a partir de janeiro, havendo três operadores garantidos para gerir os primeiros PCR a instalar nos centros urbanos.

De acordo com informações reveladas pelo jornal Público, a empresa que mais postos de carregamento terá sob sua responsabilidade será a Mobielectric, empresa do grupo C. Santos e que se destacou com a obtenção de oito PCR na sequência do segundo concurso público para a atribuição dos primeiros 14 PCR. Os restante postos foram entregues à EDP (cinco) e Prio (um).

Com o primeiro concurso público a ser anulado por questões administrativas, a segunda versão manteve o critério preço como o elemento mais importante, tendo nesta ronda sobressaído a proposta do grupo C. Santos, que entra assim no campo da mobilidade elétrica além do de concessões da Mercedes-Benz. Para a Mobielectric ficam reservados, assim, os dois postos de Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Braga, Cascais e Loures.

A EDP ficará com os postos de Aveiro, Évora, Valença, Viana do Castelo e Vila Real, ao passo que a Prio terá um PCR em Coimbra.

Dia 8 de janeiro como limite para a instalação

Em declarações àquele órgão de comunicação, o ministro do Ambiente, João Pedro Fernandes, indicou o preço entre 1,5 e os três euros e estabeleceu um prazo limite para que os PCR estejam instalados: 8 de janeiro, havendo ainda uma probabilidade elevada de existirem mais oito postos nas áreas de serviço de autoestradas para que viagens mais longas sejam exequíveis, sobretudo entre Lisboa e o Porto.

Contudo, do plano inicialmente estabelecido pelo Governo de 50 PCR espalhados pelo país, apenas 35 deverão estar operacionais em janeiro, com o ministro a reconhecer ao Público que a negociação tem encontrado algumas dificuldades, sobretudo no que diz respeito às concessionárias das autoestradas, que ainda olham para a mobilidade elétrica “como potencial concorrente”.