M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Enquanto a Europa avança para a eletrificação automóvel e a Noruega, um país produtor de petróleo, pretende deixar de atribuir matrículas a carros com motor de combustão a partir de 2025, os Estados Unidos preparam-se para dar um passo atrás e continuar a promover o uso de automóveis a gasolina. O presidente Donald Trump vai reunir-se com os responsáveis dos construtores automóveis americanos, em Detroit, para reverter a decisão anterior de Barack Obama.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Com a nomeação de Scott Pruitt para o cargo de direto, levantou-se a possibilidade da EPA (Agência de Proteção Ambiental) não implementar os novos limites de emissões poluentes. Nesta reunião, os responsáveis das marcas deverão defender a manutenção dos valores atuais, que exigem que a média da gama de cada marca seja de 27,5 milhas por galão (8,8 l/100 km), interrompendo o plano da implementação de novos valores em 2025, que previa uma média de 50 milhas por galão (4,7 l/100 km). Isto exigiria o lançamento de mais veículos híbridos e elétricos.

No entanto, com o preço do barril de petróleo em baixa, a gasolina tem-se mantido a preços reduzidos nos Estados Unidos. O preço do litro de gasolina oscila entre os 53,7 cêntimos (0,505 €) na Carolina do Sul e os 81,1 cêntimos (0,763 €) no Havai. A consequência é que, nos últimos dois anos, as preferências dos consumidores americanos passaram novamente dos automóveis ligeiros para os SUV e pick-ups.

Basicamente, o que os construtores automóveis argumentam é que preferem atender às preferências dos consumidores, alegando também que a implementação da regulamentação ambiental prevista para 2025 iria ter custos onerosos. A administração de Donald Trump pretende acabar com regulação que seja um obstáculo à criação de trabalho dentro dos EUA, mas com a antiga proposta da EPA era irrelevante o local de produção dos veículos.

Em todo o caso, organizações ambientais e governadores estatais do Partido Democrata prometeram mover uma ação em tribunal contra o Governo americano caso as metas originais da EPA não sejam implementadas.