Citroën C3: Um citadino pleno de charme

23/08/2017

Fazer um citadino que enche o olho por onde passa, pleno de charme não é tarefa fácil nos tempos que correm. E se a nova linguagem estética da Citroën pode não agradar a todos, a verdade é que os seus carros se distinguem bem no meio do trânsito.

O novo C3, que o Motor24 experimentou na sua versão 1.2 Pure Tech Shine, de 110 cavalos junta a esse apelo um bom motor, um interior espaçoso e um comportamento seguro, virado para o conforto.

Não conseguimos ficar indiferentes a esta versão Shine, que representa o topo da gama, com carroçaria em duas cores (branca e vermelha) e os célebres airbumps (umas almofadas de ar colocadas nas portas para minimizar os efeitos dos inevitáveis toques no estacionamento), já conhecidos do C4 Cactus.

E o encantamento mantém-se quando entramos no interior. O tablier, debruado com uma linha colorida a toda a volta, agrada à primeira vista, com os ventiladores retangulares e um monitor tátil bem posicionados, se bem que este último obrigue a desviar ligeiramente os olhos da estrada. A consola central apresenta-se muito “limpa”, com poucos botões físicos e os comando no volante repetem o padrão retangular dos ventiladores e, bem vistas as coisas, da própria carroçaria. Os espaços de arrumação são os suficientes, com destaque para as generosas dimensões do porta-luvas.

Apreciamos bastante o desenho das portas, que na sua parte superior replicam os airbumps, se bem que escavados, com puxadores que mais parecem as asas de uma mala. Resultam e são bonitas. Gostamos menos da ausência de pegas para os passageiros.
Os banco são confortáveis, com correto apoio lateral e atrás conseguem acolher três adultos sendo que o do meio viajará, como tradicionalmente, sempre mais apertado.
De uma forma geral os materiais são de qualidade, suaves ao toque na parte superior do tablier e estão bem montados. A ver vamos como resistem à passagem dos quilómetros.

Webcam

Em termos de tecnologia embarcada, para lá do já tradicional monitor tátil, com Mirror Screen, tecnologia que permite duplicar no monitor o conteúdo do smartphone, funcionando com Apple CarPlayTM, Android Auto e MirrorLink®, o destaque vai para a primeira web câmara (a ConnectedCam) instalada de série num automóvel.

Permite tirar fotos e fazer vídeos, partilhando-os imediatamente nas redes sociais. Em caso de acidente a câmara ativa-se automaticamente, gravando 1m30s adicionais (os 30 segundos antes e os 60 segundos depois do acidente), que pode ser útil para esclarecer as causas de um sinistro.

A unidade ensaiada tinha faróis automáticos, reconhecimento dos painéis de velocidade e de informação, sistema de adaptação inteligente à velocidade recomendada, câmara de visão traseira, ar condicionado automático, além do equipamento comum às restantes versões. Os airbumps são de série no Shine, custando 200 euros nas restantes versões.

O C3 permite 36 configurações diferentes, misturando três cores do tejadilho com nove de carroçaria.

Segurança

Ainda antes de nos fazermos à estrada é sempre bom saber que o C3 dispõe de alguns dos mais recentes elementos de segurança ativa e passiva, tendo obtido quatro estrelas nos testes Euro NCAP.

Entre os primeiros destacam-se os alertas de transposição involuntária da faixa de rodagem, de aviso de viatura no ângulo morto e de sonolência, que emite um sinal após rodarmos duas horas a velocidade superior a 70 km/h.

O C3 está disponível, a gasolina, com um motor de três cilindros 1.2 Pure Tech e três patamares de potência (68, 82 e 110 cavalos). O Motor24 experimentou-o na versão mais potente (a Shine) e mais bem equipada, que tem um preço base de 17 200 euros. É um nível de potência ajustada, permitindo sem esforço viagens mais longas. Deve dizer-se que não foi em vão que este motor conquistou o troféu de “Motor do Ano 2017”.

Quando o espicaçamos é muito vivo, com uma sonoridade que chega a entusiasmar e consumos que não escandalizam, apesar de só dispor de cinco velocidade. Chegamos ao fim do ensaio com uma média de 7,6 l/100km, com muita cidade, mas também alguma autoestrada a ritmos mais “puxados”.

O comportamento, ainda que virado para o conforto, é sempre seguro. Viaja-se bem neste C3 e com uma garantia de exclusividade estética que mais nenhum citadino oferece.

As versões base, a gasolina ou a Diesel (1.6 Blue Hdi de 75 cv) custam a partir de 12 700 e 17 100 euros, respetivamente, e não podem ter os airbumps nem como opção. No topo estão os Shine 1.2 Pure Tech (110 cv e caixa automática) e o 1.6 Blue Hdi, de 100 cavalos, com preços base entre os 19 e os 21 mil euros, respetivamente.

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