Opel Insignia: Outra imagem e mais estatuto

28/03/2017

A segunda geração do Opel Insignia vem aí. Muito diferente no estilo e com outro estatuto, mais à dimensão do topo de gama. Chega em Julho a Portugal e arranca com duas motorizações (1.5 turbo a gasolina e 1.6 Turbodiesel) que prometem preços competitivos para um nível de equipamento sugestivo. Como de costume, duas carroçarias, a berlina Grand Sport e a carrinha Spots Tourer. Preços a partir de 28 680 euros para um verdadeiro familiar.

Nove anos e 940 mil unidades depois, o Opel Insígnia conhece a sua segunda geração. O porta estandarte da marca alemã surge em momento muito especial da sua história, consumada que está a venda ao grupo PSA. E até por isso impressiona mais o que ele representa, através de uma arquitetura completamente nova, acompanhada por um “up-grade” para ver como grande aposta de afirmação. Como tudo isto se enquadra nos novos tempos é o que fica por saber. Mas vamos por partes e demos tempo ao tempo…

O sucessor do modelo que foi Carro do Ano Internacional em 2009 traz uma diferença significativa. Desde logo no estilo do Grand Sport, agora, como é moda, a namorar o grande coupé de quatro portas. Os 5,5 cm ganhos no comprimento parecem muito mais, num carro ligeiramente mais baixo (2,9 cm), formas esculpidas à procura de uma modernidade conseguida e que se traduz num automóvel mais desportivo e com outro estatuto – na linha dos velhos “grandes” do emblema alemão –, imagem bem vincada enquanto topo de gama.

A carrinha Sports Tourer, maior (+9 cm e quase cinco metros!) e mais alta, é igualmente bem conseguida, e o portão (abertura elétrica e comando com passagem do pé), junta às formas uma conceção (moldura quadrangular a 90 graus) que facilita o carregamento e o transporte de grandes objetos. Mais valia importante, numa proposta vistosa!

No interior, a surpresa vem do espaço, naturalmente fruto do aumento da distância entre eixos – nada menos de 9,2 cm! Há outro desafogo para quem se senta atrás, mais espaço para as pernas e até para a cabeça; e, à frente, desaparece a antiga sensação de algum acanhamento, com outra mobilidade ao nível dos cotovelos, pecha que a Opel tem vindo a combater de forma generalizada. Sobre espaço, nota, ainda, para o verdadeiro “malão” da berlina (490 litros) e para o aumento da capacidade de carga da carrinha, pronta para receber mais 130 litros (560/1665)! Duas opções para um verdadeiro familiar.

Qualidade e equipamento

O ambiente a bordo respeita a imagem Opel, mas a conceção é apurada, mostra o rigor da escola alemã e uma qualidade percebida que se evidencia e soma pontos. Ergonomia bem pensada, apenas com um reparo para a posição do seletor de velocidades, talvez recuado em excesso.

A instrumentação combina o analógico com o digital do velocímetro, e conta, é claro, com um grande ecrā central táctil, sem moldura, no qual “correm” as facilidades do conhecido sistema intelliLink, sempre mais enriquecido, mas nem sempre tão intuitivo como se deseja. Poucos botões e comandos distribuídos em três níveis: de cima para baixo, informação e entretenimento, climatização e, atrás do seletor, equipamentos de assistência à condução. O travão de mão elétrico (de série) está na posição habitual. Tudo lógico e prático a coroar um ambiente de conforto e modernidade pautado pelo rigor germânico.

O “must’ é o head-up-display de projeção no pára-brisas, equipamento até aqui exclusivo dos premium, o qual, evidentemente, se fará pagar. Neste campo,  aliás, há uma oferta vasta, incluindo a estreia na Opel da câmara de 360 graus. Destaque ainda para a nova geração dos faróis de matriz de LED que têm o dobro dos elementos (agora 32) e incluem a luz de curva, acompanhando o movimento do volante. É uma opção a que se augura o êxito registado no Astra.

Mais leve até 200 quilos (-60 só na carroçaria),mais rígido também, o novo Insignia continua a ser um automóvel que deixa boa impressão do ponto de vista dinâmico. E se a escolha contemplar o conhecido chassis FlexRide, outro um extra nas versões fadadas para vender mais, o nível do comportamento torna este Opel ainda mais impressivo. Propõe três soluções de amortecimento e de resposta da direção e do acelerador – Normal, Tour e Sport – e continua a fazer grande diferença, no conforto, no prazer de condução, mesmo na segurança.

A posição de condução foi rebaixada (3 cm) o que cria uma outra envolvência com a condução, facilitada pela direção equilibrada e pelo excelente apoio dos bancos AGR. É um Insignia bem diferente na forma de estar em estrada e abordar as curvas.

Motores mais económicos

No que respeita a motorizações, todas com start/stop e todas mais económicas, a grande novidade é um bloco a gasolina 1.5 Turbo de 140 cv, que constituirá a entrada de gama (a partir de 30 980 euros), mas para o mercado nacional o que conta é, acima de tudo, o diesel 1.6 nas conhecidas versões de 110 e 136 cv. Caixa manual de seis velocidades e a automática com igual número relações compõem a oferta. Existe ainda um 2.0 Diesel de 170 cv e o emblemático 2.0 Turbo a gasolina com 260 cv, tração integral (400 Nm de binário máximo), para o qual surge em estreia uma caixa automática de oito velocidades, com patilhas no volante.

As experiências ao volante contemplaram o contacto com o novo 1.5, que deixa boa impressão pela desenvoltura demonstrada com duas pessoas a bordo. O turbodiesel 2.0 revela-se, obviamente, uma escolha muito equilibrada, até pela ajuda dos 400 Nm de binário máximo (1750/2500 rpm). O 2.0 Turbo com a tração integral, vectorização de binário e a caixa automática de oito velocidades é uma proposta diferente e para um público menos “impressionável” mas que não deixará de reconhecer qualidades interessantes ao mais desportivo da gama.

Gama portuguesa

A segunda geração do Insignia estará disponível em Portugal a partir de Julho, logo nas duas opções de carroçaria. Os preços iniciam-se nos 28 680 euros para a berlina Grand Sport com motor 1.5 turbo a gasolina e nos 30 930 para o 1.6 turbodiesel de 110 cv. A carrinha Sports Tourer disporá no arranque da mesma motorização a gasolina, com o preço de 30 300 euros, e do 2.0 Diesel, este a partir de 41 330 euros: o 1.6 chegará mais tarde.

O equipamento de série inclui o sistema IntelliLink com Car Play e Android Auto, fechaduras sem chave (“Open&Star), travão de estacionamento elétrico, câmara dianteira “Opel Eye” (aviso de saída de faixa com correção do volante, deteção de peões, alerta de colisão e travagem automática de emergência).

A Opel já aceita encomendas e assegura uma promoção especial de lançamento, com oferta de 1000 euros em equipamento e manutenção programada grátis nos primeiros cinco anos e garantia mecânica e de assistência em viagem alargadas ao mesmo período, todas limitadas a 75 000 quilómetros.

Fichas técnicas

1.5 Turbo Grand Sport
Motor: 1490 cc, turbo, start/stop
Potência: 140 cv
Binário máximo: 250 Nm/2000-4000 rpm
Transmissão: 6 velocidades, manual*
Aceleração 0-100: 9,5 s
Velocidade máxima: 213 km/h
Consumos l/100: média – 5,7; estrada – 4,7; urbano – 7,3
Emissões CO2: 129 g/km
Preço: desde 28 680 euros
*caixa automática em opção na versão de 165 cv

1.6 D Turbo 110 cv Grand Sport
Motor: 1598 cc, turbodiesel, start/stop
Potência: 110 cv
Binário máximo: 300 Nm/2000 rpm
Transmissão: 6 velocidades, manual
Aceleração 0-100: 11,6 s
Velocidade máxima: 205 km/h
Consumos l/100: média – 4; estrada – 3,6; urbano – 4,6
Emissões CO2: 105 g/km
Preço: desde 30 930 euros

1.6 D Turbo 110 cv Grand Sport
Motor: 1598 cc, turbodiesel, start/stop
Potência: 136 cv
Binário máximo: 320 Nm/2000-2250 rpm
Transmissão: 6 velocidades, manual*
Aceleração 0-100: 10,5 s
Velocidade máxima: 211 km/h
Consumos l/100: média – 4,3; estrada – 3,9; urbano – 5,1
Emissões CO2: 114 g/km
Preço: a definir
*Caixa automática em opção

2.0 D Turbo Sports Tourer
Motor: 1956 cc, turbodiesel, start/stop
Potência: 170 cv
Binário máximo: 400 Nm/1750-2500 rpm
Transmissão: 6 velocidades, manual*
Aceleração 0-100: 8,9 s
Velocidade máxima: 223 km/h
Consumos l/100: média – 5,3; estrada – 4,3; urbano – 6,9
Emissões CO2: 139 g/km
Preço: desde 41 330 euros
*Caixa automática em opção

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