Suzuki Ignis 1.2 Dualjet: Caixinha de surpresas

02/07/2017

Há três coisas que se destacam no novo Suzuki Ignis: o espaço – é surpreendentemente espaçoso; o design – não estamos propriamente habituados a um citadino como este, vestido de crossover; e o preço – é acessível ao ponto de se pensar que é uma caixinha de surpresas pela negativa, mas não, muito pelo contrário. Começo de propósito o texto por um veredito (e não o deixo para o fim) porque é melhor concluir primeiro e explicar depois que carro é este, honesto, e que não quer parecer o que não é.

Posto isto, vamos explicar. Sobre o espaço, primeiro. Colocámos uma cadeirinha de bebé no banco de trás e a habitabilidade nos lugares posteriores não foi posta em causa. Ainda assim, sem cadeirinha, há espaço mais do que suficiente para dois (e apenas dois) ocupantes adultos atrás, sem prejuízo para as pernas ou a cabeça. À frente, o mesmo se passa, e ainda que os bancos sejam simples, não são desconfortáveis – faz-se bem uma viagem mais longa.

O porta-bagagens é fundo e espaçoso: 260 litros de capacidade que podem “crescer” até 373, fazendo deslizar o banco traseiro, o que pode ser feito em duas partes. Uma jovem família, com um bebé, não fica nada mal servida.

O design é nipónico, e isso diz muito – adora-se ou detesta-se. Mas o Ignis é um crossover compacto muito divertido por fora (trendy) e que pode ser personalizado. Tem uma altura ao solo mais elevada (que se sente até na posição de condução), o que o faz “crescer” em estatuto. E depois, usa um motor 1.2 a gasolina, nas versões 4×2 ou 4×4, para aventuras fora de estrada – é a cereja no topo.

Mesmo estando só disponível com a motorização 1.2 DualJet de 90 CV a gasolina, há mais a dizer sobre o Ignis do que económico (com consumos que podem ficar abaixo dos cinco litros) e despachado. É que a versão ensaiada vinha equipada com um sistema semi-híbrido SHVS (Smart Hybrid Vehicle by Suzuki) que soma 4 cv. É mais eficiente no consumo e, em subidas, por exemplo, sente-se um pouco mais de potência. Isto porque esta tecnologia está assente numa bateria (que se carrega com a energia produzida nas desacelerações e nas travagens) associada a um motor elétrico que apoia o motor a gasolina de acordo com a aceleração. Existe ainda, como opção, uma versão com caixa automática de cinco velocidades.

Como falamos de um carro com 3,7 metros de comprimento, é bastante fácil de conduzir em cidade e de estacionar. E depois há sempre as ajudas tecnológicas, como as duas câmaras que permitem usar sistemas de Travagem de Emergência Autónoma, Alerta de Mudança de Faixa e Alerta Anti-Fadiga. E mais: o Ignis vem equipado com um ecrã tátil de sete polegadas multifunções com tecnologia Bluetooth para fazer chamadas em “mãos livres” ou ouvir música em streaming (Android Auto, CarPlay e Mirror Link) – tudo isto enquadrado num tablier que não impressiona pela qualidade dos materiais mas que é agradável à vista.

Falemos, por fim, do preço: a partir de 13.500 euros. Com caixa automática custa 16.194 euros. E o mais barato dos 4×4 está acessível desde 15.113 euros. Este modelo oferece também uma vasta gama de acessórios que permitem personalizar o Ignis por dentro e por fora.

Texto: Bruno Contreiras Mateus

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