A Ferrari comemora em 2017 o seu 70º aniversário e o Motor24 não quer deixar passar esta data em ‘branco’, pelo que terá igualmente uma série de artigos dedicados à marca italiana que muitos consideram ser a autora dos desportivos mais carismáticos do mundo.

O primeiro destes artigos é dedicado a um dos seus superdesportivos, que na apreciação com os demais membros da mesma linhagem – F40, Enzo e LaFerrari – sempre foi olhado com algum sentido de rejeição. Eis, então, o F50, lançado no Salão de Genebra de 1995.

O F50 foi o sucessor direto do icónico F40, último dos carros comissionados pelo Comendador Enzo Ferrari antes da sua morte, em agosto de 1988, acabando por ser um expoente daquilo que já então se considerava ser um Fórmula 1 de pista. Em comparação, o F50, até tinha mais elementos derivados das pistas, mas a sua receção não foi tão positiva como a do F40, que tratou de revolucionar a indústria à sua chegada em 1987.

Muitos apelidaram o carro de feio, outros consideraram-no demasiado lento para ser um digno sucessor do F40, mas com a passagem dos anos também houve alguma reconsideração dessas ideais, passando-se a olhar para o F50 com outros olhos. Um dos seus ‘problemas’ esteve na concorrência da época: a McLaren havia também lançado algum tempo antes o F1, um carro de três lugares e muita competência técnica que também foi inspirada na Fórmula 1. Foi, durante muito tempo, o carro mais rápido do mundo e essa aura seguiu-o sempre ao longo dos anos, perdurando até aos dias de hoje.

Face a isto, o F50 teve uma existência pouco pacífica, mesmo que o seu ‘coração’ até tivesse um bater de competição. Com efeito, tratava-se de um motor V12 diretamente derivado do monolugar de 1990, mas com mudanças para se adaptar à sua vivência nas estradas públicas. As prestações, embora entusiasmantes, terão falhado no objetivo de se demarcar vincadamente do antecessor: os 0 aos 100 km/h cumpriam-se em 3,87 segundos, enquanto a velocidade máxima estava cifrada nos 325 km/h.

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