Twingo, o melhor carro de sempre para namorar faz 25 anos

O Renault Twingo comemora 25 anos. Uma história de amor que começou em 1992 e que fez do pequeno citadino francês um símbolo da mobilidade romântica, figurando sempre nas listas dos melhores carros para namorar.

Dizer que um carro é o melhor da história do automóvel para namorar é o mesmo dizer que este ou aquele é ou melhor bolo de chocolate do mundo. É exagero e carece de verificação ou de experimentação. Nunca ninguém provou todos os bolos de chocolate do mundo, como nunca ninguém, por mais galante que seja, namorou em todos os automóveis do mundo.

Deixando à liberdade, imaginação ou experiência de cada um a eleição do melhor carro para namorar, a verdade é que há um modelo que é presença obrigatória nas listas dos melhores carros para namorar. Cumpre este ano um quarto de século e é foi um carro cheio de histórias de amor para uma inteira geração, chama-se Renault Twingo e é já um clássico dos tempos modernos.

Twingo foi o Nirvana automóvel da década de 90

Em setembro de 1992, os Nirvana e o movimento grunge emergiam como fenómeno de cultura popular que enterrava de vez os anos 80. No mesmo ano, em setembro, o Salão Automóvel de Paris ficava de cara à banda com a nova coqueluche da Renault – o Twingo, que foi provavelmente o carro que marcou decisiva ruptura com os anos 80 e que está para a história do automóvel, como os Nirvana estão para a da música popular.

Mas o que tinha aquela caixinha como olhos de sapo de tão encantador e revolucionário para se tornar um pequeno príncipe do seu tempo? A resposta está no design, na funcionalidade e também na musicalidade feliz do seu nome, um misto de twist, swing e tango.

O carro foi concebido para reencarnar o espírito prático e acessível da 4L e para se posicionar na gama abaixo do Renault 5 e do Clio.

Vários estudos e protótipos foram sendo desenvolvidos na década de 80, com a contribuição de magos do design como Gaston Juchet ou Marcelo Gandini (autor do design de carros com o Lamborghini Countach ou o Lancia Stratos). Mas seria por decisão do presidente da Renault na época, Raymond Lévy, que o projeto receberia o seu impulso decisivo com um cheque de 700 milhões de dólares entregue a Patrick Le Quément para inventar e fabricar um novo conceito automóvel. O grande designer francês, que tinha acabado de ingressar na Renault, definiu desde logo o conceito central do tema: um veículo compacto e monoespaço, que oferecesse espaço interior sem sacrificar o volume e o apelo das formas exteriores.

Uma das soluções de engenharia encontradas acabaria por ser determinante para o “romantismo” do original Twingo. Os bancos traseiros que se moviam e eram rebatíveis, podendo juntar-se aos da frente para formar uma autêntica cama de casal no interior do Twingo. A ideia original deste carro-cama já tinha sido patenteada pelo próprio Louis Renault e fora utilizada no Renault 16.

Se a isto juntarmos o facto de algumas versões virem a ter um tecto de abrir a toda a extensão, temos então duas qualidades únicas e irrepetíveis na história recente do automóvel para efeitos de noites ao luar. A campanha publicitária de lançamento com dois lutadores de sumo estendidos no 1,76 metros de comprimento do habitáculo, fez furor e mostrou que o Twingo era verdadeiramente grande por dentro e pequeno por fora.

Lançado comercialmente em 1993 o original Twingo rapidamente se tornou um sucesso de vendas e um ícone do design e do estilo de vida do seu tempo. Muitas road trips, muitas promessas de amor ao som dos Nirvana num carro que ainda hoje, 25 anos e várias gerações de modelos depois, mantém aquele apelo adolescente e irreverente. O Renault Twingo “smells like teen spirit”.