M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A confirmar-se a venda da Opel ao Grupo PSA, a General Motors, que durante muitos anos foi o maior construtor automóvel mundial, ficará fora do mercado europeu, sem uma marca de grande volume. Mas e se apostasse noutra direção? Na China, a associada da GM lançou recentemente um crossover citadino, denominado Baojun 510, vendido no mercado local por pouco mais de 8000 euros.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Ao ficar sem a Opel, a GM vai ficar reduzida às operações dos modelos desportivos da Chevrolet (Camaro e Corvette) e à luxuosa Cadillac, mas com uma presença limitada. A GM deixou de vender a marca Chevrolet na Europa Ocidental a partir de 2014, e abandonou o resto do continente em 2016. Restabelecer a marca de volume não seria fácil. Se apostasse numa marca lowcost, ainda que desconhecida, ou criaria um novo mercado, ou o falhanço na afetaria grandemente a imagem do gigante americano.

A Baojun é, em conjunto com a Wuling, uma das marcas da joint-venture SAIC-GM-Wuling. A marca chinesa constrói uma série de modelos familiares e citadinos, teoricamente apropriados para um país como Portugal. É uma hipótese remota e seria arriscada, mas a alternativa é a GM ficar sem uma presença significativa no mercado europeu. Muitos destes carros teriam que ser reconvertidos para cumprir legislação ecológica e de segurança, pelo que os preços chineses ficariam consideravelmente mais caros, mas mesmo a dobrar ainda seriam competitivos.

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