O sistema, ainda em fase de protótipo, entrará em produção em 2022. Baseia-se numa câmara inteligente integrada no volante deteta sempre que as pálpebras do condutor estão a ficar pesadas, quando conduz distraído ou quando viram a cabeça na direção do passageiro ao lado ou nos bancos traseiros. Depois, recorrendo a técnicas de Inteligência Artificial, o sistema chega a conclusões e atua: alerta os condutores desatentos, recomenda uma pausa se estiver cansado ou reduz a velocidade dos veículos. Para além de monitorizar em tempo real o condutor, o sistema da Bosch também observa os passageiros através de uma câmara montada acima ou abaixo do espelho retrovisor central, conseguindo, por exemplo, detetar se há alguém sentado nos bancos posteriores muito inclinado para a frente, debruçado ou com os pés no assento ao lado, preparando airbags e tensores do cinto de segurança para atuarem com eficácia em caso de acidente.
A pensar nos autónomos
Mesmo quando a tecnologia de condução autopilotada estiver no seu auge, e apesar dos veículos conseguirem circular sem a intervenção do condutor, em situações mais complexas o controlo da máquina voltará a depender do condutor. Os engenheiros da Bosch dão como exemplo zonas de construção, em que os condutores devem poder assumir o controlo do veículo com segurança. E este tipo de sistemas de câmaras permite detetar quaisquer sinais de fadiga ou sonolência. Se os olhos permanecerem fechados por um período prolongado, será acionado um alarme. O sistema também interpreta as gravações da câmara para estabelecer o que os condutores estão a fazer no momento e se estão prontos para assumir o controlo.