Face à necessidade de responder às novas normas de emissões, mas também de fornecer motores com eficácia na condução, a Nissan dotou o Qashqai com uma nova motorização a gasolina, neste caso com recurso ao bloco 1.3 a gasolina em dois níveis de potência: 140 e 160 CV.
Com o declínio da ‘fama’ do Diesel na Europa e com uma maior orientação dos condutores europeus para a gasolina, as marcas vão também adequando a sua gama. Eis o caso também da Nissan, que tem já disponível em Portugal uma nova motorização a gasolina que vem ocupar o espaço dos 1.2 e 1.6 a gasolina (que não se vendia no nosso país).
Fruto do esforço de desenvolvimento da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi em parceria com a Daimler (que tem este motor no Mercedes-Benz Classe A), a mecânica a gasolina recorre a soluções mais avançadas na sua conceção para uma maior eficiência em termos de emissões poluentes e de consumos, com a marca a entender que este 1.3 DIG-T pode vir a representar mais de metade das vendas do Qashqai em Portugal.
Ou seja, entre os destaques apontados pela Nissan, o novo motor conta com um turbocompressor de geometria fixa mais avançado, válvula ‘wastegate’ de acionamento elétrico para controlo perfeito das descargas dos gases na turbina, novos injetores de seis orifícios com capacidade de injeção de gasolina nos cilindros a 250 bares de pressão, além de um fundamental filtro de partículas a gasolina para conter as emissões poluentes. Outras medidas tomadas para este motor são o revestimento a spray da face interior dos cilindros com uma finíssima camada de aço para reduzir o atrito da deslocação dos pistões no seu interior.
Face aos motores 1.2 e 1.6, que saem de cena, o motor 1.3 permite em qualquer dos casos ganhos na performance e redução nos parâmetros de emissões e consumos. Em relação ao 1.2 de 115 CV, por exemplo, o aumento da potência é óbvio, mas, no caso da variante de 140 CV, também o ganho no binário máximo (de 190 para 240 Nm), correspondendo ainda redução nas emissões de CO2 (de 129 para 121 g/km) e nos consumos (de 5,6 para 5,3 l/100).
Já no que diz respeito ao 1.6 de 163 CV, a perda de três cavalos para o 1.3 de 160 CV é compensada pelo aumento no binário disponível (240 para 260 Nm) e pelas reduções de poluentes (de 134 para 121 g/km) e de consumo de combustível (de 5,8 para 5,3 l/100 km). Em ambos os casos, há ainda que destacar o aumento nos intervalos das revisões, que passou de 20.000 para 30.000 quilómetros entre cada uma.
Já em cumprimento com a norma Euro 6d, o motor 13 DIG-T já está disponível no mercado nacional a partir dos 26.900€, um ligeiro aumento de 600€ face ao anterior 1.2 DIG-T de 115 CV. A versão de 160 CV com caixa manual acresce 1000€, ao passo que o motor de 160 CV com caixa automática DCT (uma estreia em modelos de produção de larga escala da Nissan) tem um custo de mais 1500€ face à equivalente de caixa manual.