Opel Grandland X: Espaçoso, tecnológico e aventureiro chega em novembro

22/06/2017

No programa de novos lançamentos da Opel para 2017, ao qual a marca deu o nome de ‘7 em 17’ (evidenciando o plano ambicioso de sete novos automóveis no ano de 2017), está reservado para o mês de novembro aquele que será um dos reforços de peso para a marca alemã, o Grandland X, tão ansiado modelo direcionado para o segmento C-SUV e que vai dar muita luta a rivais como o SEAT Ateca, Volkswagen Tiguan ou Nissan Qashqai.

Se do Mokka X não restam dúvidas do seu sucesso com mais de 750.000 unidades vendidas na Europa (o caso português, com a sua regra de classificação de portagens desfasada da realidade, é um algo à parte), a Opel prepara já em julho a chegada do novo Crossland X, que embarca no segmento dos SUV-B, repleto de novas ideias de versatilidade. Mas é do Grandland X que surgem agora informações mais concretas, ao abrigo de um primeiro contacto da imprensa nacional com o novo SUV da Opel, destinado ao segmento SUV-C.

O Motor24 teve, igualmente, a oportunidade de sentir e ver em primeira mão aquilo que a Opel reserva para o seu Grandland X, tendo acesso a dois modelos ainda de pré-série que, no entanto, evidenciam já muito bons níveis de construção geral. Num detalhe curioso, estes dois Grandland X ainda de pré-produção terão em breve um historial muito viajado. Isto porque vão fazer parte de uma ‘tourné’ muito especial por alguns países da Europa para se darem a conhecer a outras sensibilidades.

Grandland, Mein Land

A primeira ideia que o Grandland X oferece é de que é, efetiva e inequivocamente, um Opel. Existe um traço de família que surge aqui refinado para se adequar às maiores dimensões deste SUV familiar e que nos é explicado por Fredrick Backman, sueco de 44 anos que é atualmente um dos homens incumbidos da tarefa de delinear os interiores dos Opel, área sob a batuta de Karim Giordimaina.

Backman conta já com largos anos de trabalho na General Motors, onde ingressou em 1998, tendo desempenhado as suas funções em modelos tão variados como os Opel Antara e Astra de nova geração ou no Saab 9-5. Agora, percorrendo de ponta a ponta o novo SUV da Opel, este sueco alto e espadaúdo não esconde o orgulho no seu mais recente projeto, se bem que, num traço que revela bem a natureza nórdica, não se esqueça também de apontar a racionalidade em diversos detalhes que vai apontando. Uma ideia de funcionalidade inerente em muitos dos detalhes que aponta.

Outra sensação que a imagem exterior transmite é a de espaço interior. O Crossland X é robusto e grande, com uma proporção musculada, algo para que a distância entre eixos generosa (2.675 metros), o comprimento de 4,48 metros, as linhas de perfil bem acentuadas e as jantes de grandes dimensões deixam bem patente. A bordo, isso é confirmado pelo espaço disponível, tanto à frente como atrás, onde sem grande esforço Backman se encaixa com o seu 1,85m nos bancos em pele, mostrando ainda o espaço de ‘sobra’ na cabeça e nos joelhos – “veja que ainda sobra espaço para os joelhos e um palmo na cabeça”, diz-me com um sorriso. A tal ideia de funcionalidade que quer fazer com que qualquer cliente possa sentir-se na ‘sua casa’. Também enaltecido foi o pequeno ‘degrau’ desenhado abaixo do ecrã tátil de 8.0 polegadas, que serve para pousar a mão e facilitar o manuseamento do ecrã tátil. Simples, mas bem pensado.

Explicativo, Backman não recusa qualquer tema e lembra a forma como a Opel trabalha para oferecer modelos em que os seus clientes se sintam bem. Daí também o investimento em tanta tecnologia, tanto de entretenimento como de segurança também seja cada vez mais um argumento de peso. A longa conversa com Backman ficará para outro artigo, mas, aquilo que se pode resumir é que o Grandland X alia elegância e espírito de aventura, através de linhas dinâmicas e visual ‘todo-o-terreno’. Tal como noutros modelos de segmentos SUV, o novo Opel permite pintura a duas cores, separando visualmente o tejadilho da restante carroçaria.

Tecnologia para todos

O novo Grandland X irá apresentar uma extensa lista de equipamentos de assistência à condução e de conforto, como o cruise control adaptativo, tecnologia de deteção de peões e
travagem automática de emergência, Alerta de Cansaço do Condutor, Assistência ao
Estacionamento e Câmara 360 graus. Elementos como o Programador de Velocidade Adaptativo com função de paragem, os bancos ergonómicos certificados pela AGR, o volante com aquecimento, bancos dianteiros e traseiros aquecidos, e o portão da bagageira com comando elétrico e sensor de pé, estão em evidência entre os elementos de conforto. A bagageira tem capacidade de 514 litros, aumentando para 1.652 litros com os encostos dos bancos rebatidos.

Democratizando a tecnologia, estarão presentes os sistemas IntelliLink de
informação e entretenimento, bem como o sistema Opel OnStar, que inclui ‘hotspot’ Wi-Fi 4G. Registe-se que o OnStar passou a disponibilizar recentemente dois novos serviços, de reserva de hotéis e localização de parques de estacionamento. As baterias dos ‘smartphones’ podem ser recarregadas por indução num compartimento no túnel central entre os dois bancos da frente. Atrás, há tomada USB e uma de 220V para maior conveniência.

Os faróis dianteiros AFL (Adaptive Forward Lighting) compostos integralmente por LED e com funções como a Luz de Curva, Comutação Automática Médios/Máximos e o Nivelamento Automático garantem permanentemente a focagem ideal dos faróis para cada situação de condução.

Motores poliglotas

Aproveitando as sinergias com o Grupo PSA, a Opel irá recorrer na fase de lançamento a duas unidades motrizes de elevada eficiência, prometendo comportamento dinâmico e condução “até divertida”. Ambos podem ser acoplados a caixas manual ou automática de seis velocidades e o start/stop é de série. A caixa automática foi otimizada também
do ponto de vista do atrito.

A opção a gasolina é constituída pelo 1.2 Turbo de 130 CV, com injeção direta e bloco e cabeça construídos em alumínio. Este motor debita 230 Nm de binário logo às 1.750 rpm com valores de consumo de combustível (de acordo com a norma NEDC) situados em 5,5-5,4 l/100 no ciclo misto. As emissões, também em ciclo misto, são de 127-124 g/km de
CO2, medidas respetivamente sem e com pneus de baixo atrito.

Do lado Diesel, o Grandland X oferece o 1.6 Turbo D com 120 CV, capaz de
produzir 300 Nm de binário máximo a um regime de apenas 1.750 rpm (consumo NEDC misto de 4,6-4,3 l/100 km e emissões de 118-111 g/km CO2). Volvida a fase de lançamento, a Opel planeia alargar o leque da oferta de motores a pensar em consumidores que procuram patamares de potência ainda mais elevados.

Para chegar mais longe em todos os tipos de terrenos, o Grandland X conta com sistema ‘Grip Control’ de controlo de tração especial, que permite incursões em terrenos mais desafiantes. Com cinco modos diferentes de funcionamento, o sistema ajusta a distribuição de binário entre as rodas dianteiras, permitindo ‘patinagem’ de uma roda se necessário, e consegue alterar o curso do acelerador e os pontos de passagem de caixa de velocidades automática.

Embora chegue a um mercado já muito povoado, a primeira impressão deste novo SUV germânico é bastante positiva, uma vez que recupera os pontos fortes de modelos como o Astra em termos de ergonomia e de tecnologia. Mas não se ‘alimenta’ apenas disso: este SUV tem apontamentos próprios muito vincados que poderão fazer deste Grandland X um caso de sucesso a nível europeu. Visual robusto, técnica elaborada e muita tecnologia são atrativos de sobra para um Opel que promete sucesso.

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