Ganhou fama de supercarro lendário, marcando a década de 1990. O McLaren F1 foi lançado com o propósito claro de desafiar a vigência da Ferrari naquela categoria, replicando a mesma luta a que as duas marcas se dedicavam dentro das pistas.

Com a marca de Maranello a lançar o F40 anos antes para se impor como um símbolo dos superdesportivos analógicos, ainda longe da complexidade dos sistemas de assistência e da eletrónica, a McLaren lançou o F1, com uma configuração de três lugares no habitáculo e motor V12 de 6.1 litros proveniente da BMW, capaz de debitar 627 cv de potência.

A ideia para o F1 nasceu da perseverança de Gordon Murray que, depois da aventura da Fórmula 1, procurou aplicar o seu génio também nos modelos de estrada. Convencido Ron Dennis, o F1 nasceu para ser conhecido como o mais icónico dos superdesportivos de todos os tempos. Agora, mais de 20 anos depois, a marca prepara-se para retornar ao conceito de um superdesportivo com três lugares no habitáculo, mas – sinal dos tempos – agora munido de um grupo híbrido, potencialmente o mesmo que foi utilizado no P1.

A marca revelou que este novo BP23, cujo desenvolvimento está a cargo da McLaren Special Operations (MSO), tem inspiração no F1, sendo o “primeiro Hiper-GT do mundo”. A sigla BP23 refere-se ao facto de ser o segundo projeto especial (Bespoke Project) e de ter três lugares, contando com uma produção muito limitada – apenas 106 unidades, coincidentemente, as mesmas que o F1 original. Todas elas já vendidas. Agora, os proprietários terão a oportunidade de aplicar as suas preferências na construção e personalização dos seus modelos de acordo com os seus gostos.