Convertida agora em escombros e jardim de interesse público, a primeira pista de testes da Opel, em Rüsselsheim, ‘berço’ da marca alemã localizado entre as cidades de Frankfurt e Mainz, foi um dos primeiros exemplos de esforço por parte dos construtores para o desenvolvimento aturado dos seus automóveis ainda numa fase em que os circuitos de testes eram raros.
Um dos primeiros circuitos da Alemanha tem a assinatura da Opel: o Opel-Rennbahn foi inaugurado em 1920 como pista de ensaios da marca para os seus automóveis, sendo mesmo um dos primeiros traçados permanentes do mundo. Era ali que os novos automóveis saídos da fábrica da Opel eram colocados à prova para validação técnica.
Como uma grande parte dos circuitos da época, tinha a configuração de uma oval com 1.5 quilómetros de comprimento com 12 metros de largura. Comprovando a especificidade da época, tinha sido pensado para uma velocidade máxima de 140 km/h.
Herman Liesemeijer, um fanático do automobilismo e de circuitos antigos, tem vindo a percorrer muitos dos traçados entretanto abandonados, retratando no seu blogue e livros a história de alguns desses locais. De acordo com as suas informações, o circuito rapidamente ganhou notoriedade e passou também a albergar alguns eventos aos fins de semana, construindo-se bancadas para albergar 50 mil espectadores.
Depois de perder interesse com o nascimento doutros circuitos mais modernos na sua época, o circuito da Opel chegou a ser ocupado pelo exército norte-americano após a Segunda Guerra Mundial para servir de palco de testes para os veículos militares, antes de ser totalmente abandonado em 1946.
Com o passar dos anos, a infraestrutura foi-se degradando, com uma parte da mesma a ser reaproveitada para a construção de uma outra estrada, a L3012, que liga a Trebur. É junto a essa via que hoje se podem ver os restos do circuito, agora convertido em floresta, mas com uma plataforma elevada para observação do local com informações sobre o historial da pista. Tem hoje o estatuto de local de interesse histórico pela sua relevância industrial na Alemanha, mas apenas uma pequena porção permanece intacta, com a restante infraestrutura a ser hoje reocupada por árvores e vegetação.
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