Contudo, além de ter alguns ajustes estéticos, este novo 9-3 tem como mudança fundamental a troca de um motor de combustão interna por um 100% elétrico, ainda que não se conheçam dados técnicos concretos.
Sabe-se, porém, que esta berlina terá autonomia a rondar os 300 quilómetros e que existirá um foco enorme na capacidade tecnológica, em especial com a adoção de hotspot Wi-Fi, atualizações wireless e gestão de parâmetros da bateria a partir do smartphone, apregoando desta forma à conectividade entre veículo e proprietário ou utilizador.
Este último aspeto revela-se importante, uma vez que a NEVS anunciou igualmente o lançamento de um novo serviço de partilha de carros em colaboração com a Área de Desenvolvimento Industrial de Tianjin Binhai, na qual os 9-3 EV estarão à disposição da população, bem como os serviços associados de mobilidade.
Os novos 9-3 EV serão produzidos na China e lançados no mercado local durante 2018, embora a companhia tenha nos seus planos uma expansão a outros mercados, mais concretamente ao europeu.
NEVS: Uma história de avanços e recuos
A história da aquisição da Saab – ou dos seus bens – pela NEVS conheceu alguns avanços e recuos desde que a histórica marca sueca anunciou a sua falência, tendo a própria companhia que a resgatou necessitado de um plano especial de perdão de dívidas e injeção de capital, o que foi alcançado em 2016 depois de se terem alcançado acordos com empresas chinesas para o fornecimento de 150.000 veículos.
Agora, com a chegada destes primeiros 9-3 EV, a marca parece estar a assumir o seu estatuto no mercado, prevendo-se mesmo a expansão da gama com novos modelos, incluindo um SUV. Outro modelo já previsto e prestes a chegar ao mercado será uma variante carrinha com suspensão elevada com base no 9-3 X.
“Estamos entusiasmados por esta grande oportunidade para desenvolver soluções inteligentes e sustentáveis de mobilidade com uma cidade tão evoluída como Tianjin e desenvolvê-las em grande escala com pessoas reais em situações de vida real, com a visão de criar um futuro de soluções integradas de mobilidade urbana”, referiu o presidente da NEVS, Mattias Bergman.
Note-se que, apesar de deter os direitos técnicos, a NEVS não pode utilizar a denominação Saab, uma vez que o registo continua a pertencer à Saab AB.
Apesar disso, noutro pormenor curioso, a NEVS assume no seu site a ligação expressa à Saab, escrevendo que “vemos o nosso futuro como uma extensão do nosso passado”, absorvendo assim o legado da Saab. “Desde 1947, os carros da Saab revolucionaram a indústria ao fazerem repensar o ‘status quo’. Partimos dessa herança forte e, tal como a Saab, vamos continuar a ser inovadores e arrojados”, pode-se ler.
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