Resgatadas de concessionárias privadas depois dessas terem entrado em falência, as autoestradas espanholas atualmente a cargo do Governo espanhol, liderado por Pedro Sánchez, primeiro-ministro, vão passar a ter um modelo de pagamento mais atrativo para os utilizadores, procurando apelar à sua utilização e, também, minorar o impacto financeiro do ‘resgate’ no que diz respeito aos cofres estatais.
De acordo com os dados revelados pelo Governo de Espanha, o gasto com as autoestradas resgatadas ascendeu a 1800 milhões de euros, uma verba que teve um forte impacto nas contas públicas, mas que será desta forma combatido.
Assim, entre as principais medidas tomadas pelo Governo para essas vias, o grande destaque vai para a abolição do pagamento de portagens num período horário entre as 00:00 e as 06:00, num período em que o tráfego tende a ser mais perigoso nas estradas nacionais. Além disso, acrescenta-se ainda uma redução de 30% no preço atual das portagens no restante horário.
De acordo com o jornal El Pais, estas medidas serão aplicadas a partir de dia 15 de janeiro nas autoestradas R-3/R-5, R-2, R-4, M-12, AP-7 (Circunvalação de Alicante), AP-7 (Cartagena-Vera) e AP-36 (Ocaña-La Roda). A autoestrada entre Madrid-Toledo (AP-41) também irá beneficiar dessas medidas quando o Estado assumir o seu controlo através da entidade pública para a gestão de infraestruturas (SEITT).
Contudo, essas benesses não serão aplicáveis a todas as autoestradas espanholas, uma vez que aquelas que já estavam sob alçada do SEITT irão sofrer um aumento de 1,67% a partir de 1 de janeiro, o qual não afetará as resgatadas.
