Qualquer pessoa que tenha que fazer uma viagem intercontinental sabe que vai estar durante quase meio dia dentro de um avião, atravancado num banco desconfortável como se fosse uma sardinha em lata. É nessas alturas que pensamos que o ideal era ter um avião privado. Infelizmente, estes não são para quem quer, são para quem pode, mas podemos mostrar como é a sensação de viajar numa aeronave luxuosa como o Gulfstream G500.
O G500 não é o maior avião, nem o mais rápido, na gama da Gulfstream, mas já tem um desempenho mais que suficiente. Primeiro, ninguém precisa de viajar sozinho, pois o interior tem espaço para transportar até 19 passageiros sentados, ou oito em camas. E pode levar mesmo qualquer pessoa consigo, pois um passageiro de 1,93 metros de altura pode ficar em pé sem bater no teto. Os bancos são ajustáveis em inclinação e altura, se quiser descansar, mas se quiser trabalhar também pode ter o seu escritório móvel, já que o G500 vem equipado com um sistema de comunicações.
Para não incomodar os passageiros, os dois motores Pratt & Whitney estão montados atrás das cabine, não nas asas, que têm uma envergadura de 26,3 metros. Estes motores são potentes o suficiente para atingir uma velocidade de Mach 0,9, mas a velocidade de cruzeiro de Mach 0,85 (1040 km/h) já é suficiente para chegar depressa a qualquer lado que desejar. Até porque pode mesmo ir a qualquer lado, já que o alcance do G500 é de 5200 milhas, ou 9630 km, e pode atingir uma altitude máxima de 51 mil pés (15,5 km). Ou seja, dá para ir de Lisboa à Califórnia sem parar e até sobra.
Como é habitual na Gulfstream G500, o preço deste avião privado não é para qualquer um. E mesmo não sendo o avião mais caro da sua gama, a empresa americana ainda está a pedir algo com 44 milhões de dólares (37,5 milhões de euros) por um. É melhor começar já a poupar.