M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
As forças armadas de cada país têm um estilo próprio, e no caso da Rússia, há uma preocupação em destruir o alvo de maneira a mandar a mensagem “não se metam connosco”. Uma das peças de armamento capaz de mandar essa mensagem é este helicóptero russo, o Kamov Ka-52, criado para destruir tanques.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O Ka-52 é uma evolução do Ka-50 “Tubarão Negro”, helicóptero que a Kamov comeceu a desenvolver nos anos 80 mas que só começou a ser produzido em 1993. Na época, foi comparado com um caça-bombardeiro, já que só tinha um lugar e o piloto era capaz de navegar e disparar ao mesmo tempo. A NATO rejeitou comprar o design, mas a Força Aérea Russa tornou-se o cliente favorito da Kamov. Em 1996, a empresa russa começou a trabalhar a fundo no Ka-52, que começou a ser produzido em 2008.

O Ka-52 foi de encontro às necessidades de clientes internacionais, e já precisava de um co-piloto para operar o radar, por isso foi feito com dois lugares. Também se distingue pelo design do nariz, metralhadoras com mira noturna e seis mísseis nas asas, contra quatro do seu antecessor. Para manter o peso baixo, perdeu alguma blindagem e dispara menos tiros. Para destruir tanques, pode usar mísseis convencionais S-8 ou teleguiados Ataka e Vikhr-1. Enquanto Ka-52 foi chamado “Aligátor” por ser mortífero, uma versão modificada, o “Crocodilo do Nilo”, foi feita para a Força Aérea Egípcia, e é mais resistente à corrosão do calor do deserto.

Equipado com dois motores de 2400 cv, o helicóptero russo pode fazer manobras acrobáticas, subir até 5500 metros de altitude e acelerar até aos 300 km/h. Em termos práticos, tem um alcance de 460 km para missões. A Rússia tem mais de 90 Ka-52 em atividade, enquanto o Egito tem 46. O design da Kamov viu bastante ação em combate tanto na Segunda Guerra Chechena como na Guerra Civil Síria, ajudando a recapturar Palmira ao Estado Islâmico. Embora seja primariamente usado para bombardear alvos, também serve como apoio à Infantaria.

 

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