M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Há guerra no mercado de transportes aéreos chineses, e essa guerra vai entrar em ebulição quando o novo mega-aeroporto de Beijing começar a funcionar, em 2019. Este aeroporto vai colocar a capital da República Popular da China na posição invulgar de ser a única cidade do mundo com dois “hubs”, e vai permitir às três principais linhas aéreas chinesas lutarem diretamente pelo acesso aos mercados europeu e norte-americano.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Atualmente, a Air China (associada do grupo SkyTeam) domina estes mercados internacionais a partir do Aeroporto da Capital, em Chanoyang, que está quase a atingir a capacidade máxima de 96 milhões de passageiros anuais. O novo aeroporto, construído na zona de Daxing, vai estar mais perto do centro de Beijing, apenas 25 minutos, e trás para a capital a China Eastern, até aqui baseada em Xangai e limitada aos mercados do norte da Ásia, e a China Southern, baseada em Guangzhou e responsável pelos voos para o sudoeste asiático e Austrália. Ambas pertencem à Star Alliance.

O aeroporto, que custou 11,5 mil milhões de euros, vai poder acomodar 100 milhões de passageiros anualmente sem problemas (cinco vezes o que movimento do Aeroporto de Lisboa), retirando pressão ao aeroporto rival. Até 2025, as autoridades chinesas esperam poder fazer 25 milhões de voos internacionais por ano a partir dos dois aeroportos. Apenas uma operadora não está contente por ficar de fora. A Cathay Pacific, baseado em Hong Kong e membro da aliança OneWorld, não foi escolhida pelo Governo chinês para operar a partir de Beijing. No futuro, talvez seja preciso um terceiro aeroporto…

Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.