O USS Indianapolis foi o segundo e último cruzeiro pesado da classe Portland, entrando em operações em 1932. Na Segunda Guerra Mundial, esteve presente na Batalha das Aleútas, liderou a Quinta Frota da Marinha da Guerra, ajudou a libertar as Ilhas Gilbert (atuais Kiribati), Marshall, Carolinas (hoje Federação da Micronésia e Palau) e Marianas. A 19 de julho de 1945, o navio recebeu uma carga secreta em Pearl Harbor e recebeu ordens para se dirigir para Tinian, nas Filipinas. A sua carga era urânio enriquecido que foi usado na construção da bomba atómica Little Boy, que depois foi lançada em Hiroshima.
No dia 30, a caminho de uma nova missão, o Indianapolis foi atingido por dois torpedos disparados do submarino japonês I-58. O navio afundou em 12 minutos e quase 300 marinheiros morreram com o torpedeamento e afundamento. Pensou-se, na época, que tudo ocorreu rápido demais para emitir um pedido de socorro, mas hoje sabe-se que três navios americanos ignoraram a transmissão. Foi apenas quando o navio não chegou às Filipinas que foi enviada uma missão de resgate. Dos 880 sobreviventes, apenas 317 foram resgatados com vida, sucumbindo às diferenças de temperatura, falta de água e ataques de tubarões.
O Indianapolis nunca foi recuperado, mas alguns dos sobreviventes ainda estão vivos e receberam a notícia do avistamento dos destroços. Estes foram encontrados no Mar das Filipinas a 5500 metros de profundidade, pelo Petrel, um navio de pesquisa pertencente a Paul Allen, um dos principais acionistas da Microsoft. A Marinha Americana foi informada desta descoberta, mas a localização exata não foi divulgada pelas autoridades.
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