Museu BMW expõe o lendário 507 de Elvis Presley

23/05/2017

O Rei regressou a Casa. O Museu BMW abriu oficialmente a exposição “The Rock ’n’ Roll Phoenix. Elvis’ BMW 507 by BMW Group Classic”, onde a estrela é o lendário BMW 507, que pertenceu à Rei do Rock and Roll Elvis Presley.

Um modelo que esteve abandonado e desaparecido, serviu como carro de corridas, foi modificada e que, finalmente, foi recuperado e restaurado pelos mestres restauradores da BMW Classics.

Com apenas 254 unidades produzidas entre 1956 e 1959, sempre é uma boa notícia saber que um exemplar do roadster BMW 507 voltou à vida. Ainda para mais se estivermos a falar do lendário modelo que pertenceu a Elvis Presley

O 507 com chassi 70079 foi produzido em 1957 e começou a vida como carro de serviço da marca, para ser exibido em salões e cedido para ensaios das publicações especializadas.

Foi adquirido por Elvis, que se encontrava a prestar serviço militar na Alemanha, no ano seguinte. Terminado o serviço militar, Elvis voltou aos Estados Unidos acompanhado do seu carro. Lá, o BMW sofreu a sua primeira modificação: teve a pintura original branca substituída pelo vermelho, para evitar que as fãs deixassem mensagens escritas com batom na carroçaria.

Presley ficou com o carro até 1960, quando resolveu vendê-lo a um concessionário da Chrysler. O novo dono da máquina alemã achou que o carro tinha potencial para as pistas americanas e resolveu modificar o 507: o 3.2 V8 alemão de 150 cv foi trocado por um Chevrolet V8. O mesmo foi feito com a transmissão e o eixo traseiro, além do painel de instrumentos.

O 507 mudou mais duas vezes de dono e foi parar em 1968 nas mãos do engenheiro Jack Castor, que usou o exemplar por um tempo e resolveu guardá-lo para uma posterior restauração. Colecionador de carros e bicicletas, Castor sabia do histórico de carro, mas não que ele havia pertencido a Elvis Presley.

Por mais de 40 anos, além de coletar peças para restaurar o 507, Castor realizou pesquisas para levantar o histórico do carro, que incluíram inclusive contactos com o fabricante. Mas foi só em 2014 que o BMW Group Classic, o departamento de preservação histórica da marca alemã, decidiu assumir a restauração.

Muito modificado e usado como carro de competições, o 507 de Elvis teve que ser reconstruído do zero. A carroceria de alumínio foi separada da plataforma, com o objetivo de definir quais chapas poderiam ser reaproveitadas.

A maior dificuldade foi encontrar peças para o modelo, que são uma raridade mesmo no stock do BMW Group Classic. Por esta razão, muitas partes, como o painel de instrumentos e o revestimento dos bancos, tiveram que ser reconstruídos com base em fotografias e catálogos antigos, usando técnicas tradicionais e até impressoras 3D, dentro da fábrica ou com a ajuda de fornecedores. Sem o motor original, o 507 ganhou um novo propulsor, contruído apenas com peças de reposição da época.

Até a pintura da carroceria recebeu cuidados especiais por parte do fabricante. Em lugar das técnicas utilizadas nos BMW atuais, foram seguidos os mesmos procedimentos usados nos anos 1950, possibilitando que a pintura tivesse o mesmo aspecto de um carro novo daquela época. A história deste restauração é contada na reportagem do segundo vídeo deste post.

Álvaro Mendonça

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