São uma espécie cada vez mais ignorada pelos construtores. As carroçarias de três portas começam a ver o seu espaço reduzido nas gamas dos fabricantes automóveis, caindo no esquecimento pela própria mudança do modelo de negócio da indústria.

Para os construtores automóveis, uma das preocupações essenciais prende-se com a redução de custos, pelo que o desenvolvimento de carroçarias distintas de três portas acabam por ser redundantes e onerosas face aos benefícios que acarretam em termos comerciais.

Modelos recentes como o Honda Civic, Ford Focus ou Renault Clio abdicaram do tipo da carroçaria de três portas, promovendo uma aposta confessa em critérios de funcionalidade, algo em que os carros de cinco portas são mais eficazes, agradando a um maior número de clientes.

Mesmo quando se tratam de modelos desportivos como o Renault Clio R.S., Honda Civic Type R ou Ford Focus RS, a carroçaria de três portas deixa de se adequar ao investimento necessário para o seu desenvolvimento, até porque existe um direcionamento das vendas para modelos de cinco portas, cujo efeito prático é mais apreciado pelos clientes que fazem dos modelos de estilo ‘hatchback’ a sua escolha para carros de família.

Se na Ford, o novo Fiesta ‘escapa’ ao apresentar um modelo de três portas, o mesmo se passando na Opel com o Corsa, modelos como os novos Kia Rio e SEAT Ibiza abandonam as suas carroçarias mais dinâmicas. O mesmo se passa com o novo Renault Mégane, que desistiu da versão de três portas, e com o Opel Astra, também ‘órfão’ de uma vertente de visual mais desportivo.

A obediência a critérios de eficácia comercial acaba assim por ditar a crescente desvalorização deste tipo de carroçarias, que no passado era muito apreciada pelos entusiastas, mas que hoje são preteridas em favor de modelos de cinco portas.

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