Tal como em muitas áreas da indústria, os responsáveis pelo desenvolvimento de novos produtos esforçam-se por apresentar aquilo que acreditam ser o resultado dos seus melhores esforços. Mas, muitos deles encontram, também, formas curiosas de incutir o seu cunho pessoal a um determinado produto. No caso da Opel, são os tubarões e se tem um modelo da marca alemã que tenha sido produzido desde 2006, pode levá-lo consigo nas suas viagens e não saber disso…

Um desses exemplos está no Adam: o irreverente citadino de três portas da Opel, que compõe a gama de três modelos destinados à cidade (os outros são o Karl e o Corsa) leva pequenos tubarões no habitáculo, mas estão praticamente invisíveis. Se procurar no Adam, encontrará esses temíveis predadores gravados em locais recônditos do habitáculo. A marca garante que encontrarão pelo menos dois, desde que procurem com a atenção necessária.

Como entraram os tubarões no Adam e companhia?

Desde 2006, alguns ‘designers’ da Opel têm vindo a encontrar formas discretas de inserir desenhos de tubarões dentro dos modelos pelos quais são responsáveis. E esse exercício de criatividade não é novo. Na verdade, teve início numa tarde de domingo de 2004, quando o ‘designer’ Dietmar Finger fazia uns esboços para o novo Opel Corsa.

Finger trabalhava na peça lateral de articulação da tampa do porta-luvas, que está quase sempre tapada pela porta fechada do lado do passageiro. Brincando com o filho, sempre curioso com o seu trabalho, desenhou um tubarão nessa peça. A criança adorou o desenho do pai e este, convicto de que tivera uma boa ideia, apresentou-a ao australiano Nils Loeb, à época desenhador-chefe do Corsa.

A ideia evoluiu de imediato e, assim, o tubarão no porta-luvas passou à produção. Hoje, faz parte do equipamento de bem mais de dois milhões de Corsa que foram produzidos desde 2006.

Mas há mais: o ‘Opel Shark’, como ficou conhecido, ‘nadou’ até chegar a mais modelos da marca. Loeb contou o desenrolar da ideia a Karim Giordimania, encarregue da conceção do habitáculo do Zafira Tourer, que de imediato colocou três pequeníssimos desenhos de tubarões em outros tantos locais secretos no monovolume da Opel. Uma vez mais, desenhos que têm de ser pesquisados com afinco, porque a sua presença não é óbvia.

Mais tarde, assim que lhe foi atribuída a responsabilidade do desenho do interior do Adam, Stefan Arndt defendeu que “os tubarões têm de continuar”. Quem também estava no projeto era Nils Loeb, a cargo do desenho exterior, que obviamente o encorajou.

Dada a personalidade mais irreverente do citadino da Opel, os tubarões podiam aparecer em locais mais evidentes e mais divertidos. E podiam estar na companhia de outras espécies aquáticas, assim decidiu Arndt. Se um dos desenhos é facilmente detetável, outro tubarão está oculto em profundezas do Adam, surgindo acompanhado de outros dois peixes inocentes.

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