Com o termo jipe a democratizar-se e a assinalar até a caracterização de um estilo de veículo – robusto, bruto e duro -, não deixava de ser estranho que, em Portugal, a Jeep fosse a marca com a mais baixa notoriedade do país. Ainda para mais, numa era em que os SUV foram ganhando cada vez mais espaço e que hoje representa já 25% das vendas em território nacional.

Para os responsáveis do Grupo Fiat Chrysler Automobiles (FCA) em Portugal, que assumiu a responsabilidade da Jeep no nosso país em setembro de 2017, a pouca expressividade da marca em território nacional podia ser explicado por uma velha expressão popular: ‘Longe da vista, longe do coração’. Ou seja, além da pouca comunicação em torno da Jeep, também o número relativamente baixo de veículos nas estradas tornava-a, de certa forma, numa ‘desaparecida em combate’.

Porém, Artur Fernandes, diretor-geral delegado da FCA Portugal, refere na antecipação dos Jeep Wild Days, que se realiza este dia 13 de outubro na Companhia das Lezírias, junto ao Porto Alto, que a Jeep está agora numa toada de crescimento assinalável, fruto de uma forte aposta em três áreas que denomina de “pilares do relançamento” e que são o “investimento na rede de distribuição, investimento em comunicação e criação de parque circulante”.

Assim, ao abrigo dessa estratégia tripartida, desenvolveu-se um trabalho (ao longo de três anos) de ampliação da rede de concessionários, havendo 15 concessionários ‘estrela’ (com todas as marcas do Grupo ítalo-americano) que asseguram 90% de cobertura de mercado e apresentam 3000 m² de área de exposição unicamente dedicada à Jeep.

Na área da comunicação, houve investimento inédito para tornar a marca mais conhecida das pessoas, ao passo que no site da marca os valores de visitantes (810 mil) e de configurações (55.703) bateram todos os recordes existentes, atestando um maior conhecimento da companhia americana, que deve a sua origem aos requisitos das forças militares americanas.

Por último, a criação de parque circulante traduz-se com a ampliação da gama disponível, tendo agora modelos como o Renegade reestilizado e o Compass que surge para colmatar uma lacuna no segmento médio dos SUV. Ou seja, criando uma escolha mais ampla do segmento que é atualmente o mais rentável no mercado. O resultado, aponta Artur Fernandes, “fala por si”, com um aumento considerável nas vendas: de janeiro a setembro, de acordo com dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), já se matricularam 1207 unidades, esperando a marca terminar perto dos 2000 Jeep vendidos.

Numa outra novidade revelada pelo diretor-geral delegado, ficámos a saber que o Renegade, um dos SUV mais bem-sucedidos da marca norte-americana, terá uma versão abaixo dos 20.000 euros em Portugal. A aposta de tornar a Jeep numa marca ‘perto do coração’ dos portugueses é, garantem os responsáveis da FCA Portugal, para continuar, mantendo a tónica no ideal de escapismo, aventura e fuga à rotina.

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