Não têm faltado ofertas no cada vez mais preenchido mercado de bicicletas elétricas. Mas há uma marca que se demarca das outras, oferecendo produtos diferenciados e praticando vendas diretas aos clientes através de uma campanha de crowd funding. Oriunda da Dinamarca e fundada pelos irmãos Christian e Julie Kronstrom, a Mate apresentou o seu novo produto feito para todo-o-terreno, garantindo mais de seis milhões de euros em vendas antes sequer de ter construído um único exemplar da sua nova bicicleta elétrica.
A Mate já tinha uma linha de bicicletas para a cidade, a Mate City, que é fácil de transportar, graças à sua estrutura dobrável. A versão base, com uma bateria de 10,4 Ah, tem energia suficiente para percorrer até 55 km, e um motor de 250 W capaz de atingir os 25 km/h. A versão Mate Plus vai mais longe, podendo assistir o ciclista a percorrer uma distância de 80 km, graças a uma bateria de 13 Ah, pesando apenas mais um quilograma. Em alternativa, surge ainda a Mate S, cujo motor de 350 W leva-a até aos 32 km/h. O sucesso foi imediato, com esta variedade a valer 6,8 milhões de dólares (5,8 milhões de euros) em campanha e mais de 10 mil unidades vendidas. Mas esta bicicleta elétrica não pode andar em terrenos difíceis.
Antecipando a procura por um tipo mais aventureiro de bicicleta elétrica, a Mate apresentou a Mate X como uma série limitada. Ideal para fazer BTT e com preços mais elevados, entre 800 e 1000 dólares, a firma dinamarquesa esperava angariar 50 mil dólares no IndieGoGo, o que devia dar para um número entre as 400 e 500 bicicletas. O sucesso foi ainda maior que a campanha anterior, tendo já angariado 7,2 milhões de dólares (6,1 milhões de euros) e arregimentado mais de 14 mil clientes. Com carretos para oito velocidades e versões de 250 e 750 W, os apoiantes deste projeto têm optado pela versão mais cara, para andar mais depressa no mato, podendo percorrer até 80 km, com uma bateria de 14 Ah. E tudo porque dois irmãos dinamarqueses quiseram partilhar com o mundo a sua paixão por bicicletas.