O novo A6e-TRON tem um coeficiente de arrasto de 0,21 se especificarmos a versão Sportback com as câmaras extravagantes que substituem os espelhos retrovisores.

 

O que o torna no Audi mais aerodinâmico da história da marca dos quatro anéis. Nuno Mendonça, Diretor-Geral da Audi Portugal, vai mais longe: “É o automóvel mais aerodinâmico dentro do Grupo Volkswagen”.

Os designers fizeram um excelente trabalho para que o A6 e-tron pareça baixo, recorrendo a uma assinatura luminosa diurna ultrafina e a uma máscara preta que envolve a grelha totalmente fechada. Os faróis principais e outros elementos, como os sensores do sistema de assistência ao condutor e as entradas de ar, estão integrados na máscara escura que circunda o veículo, tornando-os quase invisíveis.

As maçanetas das portas embutidas e o piso plano e fechado contribuem para a obsessão aerodinâmica e existem cortinas activas na grelha dianteira que, segundo a marca, permitem uma autonomia de até mais 12 quilómetros. Os espelhos retrovisores com câmara, opcionais (1.600 euros), também conseguem o mesmo efeito, adicionando outros 12 quilómetros à distância que se consegue percorrer, mas requerem mais tempo para avaliar se a sua utilização é melhor face aos retrovisores tradicionais do que aquele que tivemos no nosso contacto.

A versão “Performance” não é, na verdade, o A6 e-tron mais potente. Trata-se na realidade daquela com que é possível obter a maior autonomia: até 917 quilómetros com a carroçaria Sportback, e 893 km na opção Avant. Esta versão só está disponível com um único motor a alimentar as rodas traseiras com 367 cv e uma bateria de 100 kW com tecnologia de 800 volts, que aceita carregamento até 270 kW em corrente contínua. Demora 5.4 s dos 0 aos 100 km/h, com a velocidade máxima limitada aos 210 km/h.

 

Durante a apresentação nacional, as estradas em que testámos o A6 e-tron não ofereceram nenhum desafio à suspensão molas helicoidais de aço e eixos multi-link (os amortecedores adaptativos e molas pneumáticas estão reservados para o topo de gama S6 E-tron). Esta conseguiu manter um controlo rigoroso dos movimentos laterais da carroçaria em curvas rápidas com bastante agilidade para um carro do seu tamanho e peso.

A aceleração é suave e progressiva, os 565 Nm de binário estão sempre disponíveis para ajudar nas ultrapassagens, e temos patilhas no volante para ajustar o nível de regeneração/travão do motor. O pedal do travão mostrou-se firme e pareceu combinar com sucesso a travagem regenerativa e a travagem por fricção, sentimos a direção direta, embora um pouco leve.

No interior do habitáculo o ruído do vento e da estrada é muito bem atenuado, e a posição do banco do condutor é alta, sem parecer que estamos num SUV. Nos bancos da fila traseira é possível viajarem três adultos, e o teto panorâmico de vidro com controlo de transparência ajuda a criar a sensação de mais espaço disponível a bordo. A bagageira oferece 502 litros de capacidade tanto na versão Avant como na Sportback. Subindo na Avant até aos 1.422 litros e no Sportback para 1.330 litros, com o banco traseiro rebatido.

A mais recente filosofia de design e tecnologia digital do habitáculo da Audi assenta em grande medida num ecrã tátil central de infoentretenimento de 14,5 polegadas que recorre ao sistema operativo Android Automotive. Juntamente com o ecrã de 10,9” opcional para o passageiro, cria o que a marca chama de palco digital. Desta forma o passageiro da frente pode assistir a filmes ou séries em streaming, enquanto viaja, sem distrair o condutor, pois os conteúdos não são visíveis para quem está ao lado.

Não existem controlos físicos para o sistema de controlo da climatização, embora existam alguns botões úteis (para gestão do ADAS e seleção do modo de condução), e o ecrã tátil tem, pelo menos, uma zona de atalho permanentemente apresentada como ajuda de utilização.

Disponível como Sportback de cinco portas a partir de 66.900 euros, ou como Avant, a partir de 68.741 euros.