A Comissão Europeia pode vir a impor uma tecnologia capaz de impedir a violação dos limites de velocidade na Europa, numa medida que pretende aumentar a segurança rodoviária e diminuir o número de fatalidades nas estradas derivadas da velocidade excessiva.

Esta é apenas uma das 19 tecnologias de segurança que a Comissão Europeia quer introduzir nos veículos novos num prazo de cinco anos, tornando-as obrigatórias para reduzir o risco de acidentes rodoviários, sendo que algumas já se podem encontrar em muitos dos automóveis atuais, como são os casos da travagem de emergência automática, alerta de saída da faixa de rodagem e assistente de manutenção na faixa, além de detetor de fadiga do condutor.

Contudo, uma das tecnologias que mais atenção desperta é a ISA, acrónimo para Intelligent Speed Adaptation, que não é mais do que uma tecnologia que visa adaptar, automaticamente, a velocidade do veículo ao limite imposto em cada local. Mais do que uma mera tecnologia, o ISA compreende um lote de sistemas que recorre ao posicionamento do veículo em rede, relacionando-o com o limite de velocidade em vigor no local.

O ISA pode funcionar de três formas: como sistema aberto, avisa o condutor visualmente e acusticamente, sendo meramente informativo; como sistema semiaberto, em que é exercida uma pressão contrária no pedal do acelerador, tornando menos confortável o ato e; por fim, como sistema fechado, limita automaticamente a velocidade se a mesma for excedida. É possível que este sistema seja obrigatório ou voluntário, sendo que neste caso os condutores podem desligá-lo.

O sistema atual apenas tem por base os limites fixos de velocidade, mas no futuro poderá também abranger os limites variáveis de velocidade atendendo às circunstâncias do momento.

O grupo de trabalho para a área da segurança rodoviária, pretende ainda que os construtores incluam outros sistemas, como de intermitência das luzes de travagem durante uma travagem de emergência, sensores de pressão dos pneus e avisadores de ausência da colocação do cinto de segurança. O aumento da segurança nos SUV é igualmente um objetivo, visando características como o aumento da altura ao solo ou o desenho agressivo da dianteira, que pode colocar problemas aos peões em caso de atropelamento.

A CE adianta que, em 2015, foram registadas 26.120 fatalidades nas estradas europeias, para um total de 508 milhões de habitantes.