Com apenas 25 anos de idade, Cristina Gutiérrez participa pela primeira vez numa edição do Dakar, conhecida como a prova de todo-o-terreno mais difícil do mundo. O objetivo desta jovem espanhola é conseguir terminar a prova disputada na América do Sul, algo que nenhuma das suas conterrâneas conseguiu fazer antes na categoria de automóveis.

Longe de procurar imitar o feito de Jutta Kleinschmidt, que em 2001 conseguiu vencer a prova aos comandos de um Mitsubishi Pajero, Gutiérrez tem ambições mais comedidas, procurando unicamente ver a linha de chegada em Buenos Aires, na Argentina. Assim, assumindo a sua inexperiência, esta estudante de ortodontia partiu para a competição com a vontade de aprender ao máximo para, numa fase posterior, mostrar outras ambições.

“Sou apaixonada pelos ralis desde os quatro anos e estou entusiasmada por poder aprender e melhorar as minhas capacidades em qualquer carro que conduzo. Quando fiz os 18 anos, comecei a competir em rally-raides até hoje. Já participei em mais de 50 competições em Espanha e não só. Sem dúvida que o meu sonho sempre foi participar no Dakar e este ano consegui finalmente cumpri-lo graças ao apoio que recebi”, afirmou a piloto, que ocupava à partida da quarta etapa a 54ª posição na geral.

As mulheres estão em número reduzido nesta edição, compondo apenas nove das inscrições para o Dakar 2017. Isso não assusta Gutiérrez que, reconhecendo a inexistência de muitas mulheres à partida, se sente “orgulhosa por representar um setor que está a crescer em força e a ganhar cada vez mais reconhecimento internacional”.

Sanz com outras aspirações

Uma das inspirações para Gutierrez, que compete aos comandos de um Mitsubishi, é Laia Sanz, uma ainda jovem motard de créditos já firmados na competição e que quer repetir um posicionamento nos dez primeiros da geral do Dakar de 2017.

Apelidada por muitos como a ‘rainha do deserto’, Sanz tem vindo a galgar posições na edição deste ano da prova, sendo à partida da quarta etapa a 21ª da geral, reconhecendo algumas dificuldades em termos de navegação devido às mudanças no regulamento no que à navegação diz respeito.

“Isso faz com que as diferenças de tempo entre pilotos sejam muito maiores do que em edições passadas”, indicou Sanz, de 31 anos de idade.

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