Numa medida que pretende melhorar as condições de utilização dos veículos elétricos, a Prio e a EDP revelaram que não irão cobrar qualquer valor decorrente do carregamento de baterias nos recém-criados Postos de Carregamento Rápidos (PCR) numa primeira fase.

Aquelas empresas foram duas das vencedoras do concurso público levado a cabo pela MOBI.E para a instalação de 14 PCR em solo nacional, ainda que tenha pertencido à Mobielectric, empresa do grupo C. Santos, a que mais postos obteve, com oito unidades, contra cinco da EDP e uma da Prio.

A duração desta ‘borla’ é, contudo, diferente. De acordo com informações avançadas pela Lusa, a Prio irá oferecer os carregamentos durante quatro meses, enquanto a EDP apenas irá fazê-lo em 2018.

Durante 2017 não será cobrado o carregamento nos cinco postos da EDP Comercial, instalados na sequência de um concurso público, e a “partir de 2018, carregar por exemplo 80% da bateria de um Nissan Leaf custará entre 3,5 e 4,8 euros, dependendo do posto de carregamento”, afirmou à agência Lusa fonte oficial da empresa.

Dos já referidos cinco postos da EDP, três (Évora, Aveiro e Viana do Castelo) estarão operacionais no final da próxima semana, enquanto os equipamentos de Valença e Vila Real devem começar a funcionar até ao final de janeiro.

Já a Prio, que venceu um lote, informou ter “tudo preparado para arrancar” em Coimbra, na avenida da Lousã, segundo o gestor de Desenvolvimento de Negócio da empresa, Carlos Ferraz. O responsável revelou à Lusa que serão oferecidos os quatro primeiros meses de carregamento para utentes do cartão frota elétrica da empresa.

O sistema da empresa está preparado para cobrar por tempo ou por quilowatt, com o operador a indicar que “em princípio será por quilowatt”. “Mas é uma situação que não está totalmente fechada dentro da Prio”, acrescentou. Quanto ao início de funcionamento do posto, Carlos Ferraz acredita que acontecerá “antes do final do mês”.

Avançam os PCR nas autoestradas

Na terça-feira, o Ministério do Ambiente informou que nas “próximas semanas” serão instalados os 14 PCR e que continuam os trabalhos nas autoestradas A1, A6, A8, A22 e A23.

Ao jornal Público, o ministro da tutela, João Matos Fernandes, tinha indicado 08 de janeiro como data limite para a instalação dos 14 carregadores e a “probabilidade elevadíssima de até essa data se instalarem mais oito carregadores nas áreas de serviço das autoestradas”.

Em resposta à Lusa, o gabinete do ministro referiu que “ao longo das próximas semanas” serão instalados PCR do projeto-piloto previstos para Aveiro, Évora, Lisboa, Cascais, Loures, Gaia, Porto, Matosinhos, Valença, Viana do Castelo, Vila Real e Coimbra.

Os PCR permitem o carregamento de 80% da bateria, em aproximadamente 20-30 minutos.