Não é brincadeirinha do dia 1 de abril, é mesmo verdade que todos os velocímetros dos automóveis têm de indicar mais velocidade do que aquela a que circulam os veículos realmente. É o chamado ‘erro de velocímetro’, que faz com que a velocidade real seja diferente daquela que é indicada pelo ponteiro ou pelos dígitos na instrumentação do automóvel, no caso de ser um painel digital. E não se trata de nenhuma falha de construção, mas de um desvio calculado e imposto por diretivas europeias. A normativa que o regula internacionalmente é a UN ECE Regulation 39, e estabelece que a velocidade indicada não poderá ser inferior à velocidade real do veículo, com uma margem de erro máximo sobre a velocidade real de 10% + 4 km/h.
Significa, na prática, que se o nosso carro marca uma velocidade de 70 Km/h, na realidade estamos a circular entre os 60 e os 70, mas nunca abaixo dos 60 Km/h. Já em países como os Estados Unidos da América, esta discrepância máxima pode ser apenas de 4%.
A razão é a segurança
A imposição de uma diferenciação entre os valores lidos e reais, que faz com que o que lê no velocímetro pecará sempre por excesso, foi criada para garantir que o condutor não excede o limite de velocidade para cada local.
E foi a fórmula desenvolvida para que os fabricantes pudessem prevenir uma série de condicionantes para a utilização dos seus veículos, como o desgaste dos pneus e a modificação das dimensões das jantes e dos pneus, pelo que a margem de variação acaba também ela por ser diferente de carro para carro.Lembre-se que a simples alteração do diâmetro dos pneus já influencia o erro do velocímetro, por isso há veículos com erro quase nulo e outros com erro maior.