Quadro superior da marca nipónica praticava “bullying” sobre engenheiro jovem, chamava-o de “idiota” e afirmava que estaria “melhor morto”. O funcionário cometeu suicídio em 2017, aos 28 anos…
Em 2017, um funcionário da Toyota no Japão colocou fim à vida, cerca de dois anos depois de ter chegado aos quadros da companhia japonesa. Agora, na sequência das investigações da entidade que regula as condições de trabalho no país, a notícia de que a morte do engenheiro de 28 anos foi considerada como “acidente de trabalho”.
O processo foi ganho na justiça em setembro deste ano e os familiares pretendem agora formalizar um pedido de indemnização contra a Toyota. “É verdade que a autoridade do trabalho determinou que se tratava de uma morte relacionada ao trabalho, mas não podemos comentar mais enquanto as negociações entre os representantes estão em andamento”, afirmou porta-voz do fabricante japonês, em declarações à agência Reuters.
Ao que tudo indica, desde que ingressou na empresa em abril de 2017, recém doutorado pela Universidade de Tóquio, para exercer funções no departamento de design da marca japonesa, o engenheiro foi vítima de “bullying” no trabalho. Junto das testemunhas foi possível apurar que o jovem era agredido verbalmente numa base diária, com ofensas que incluíam nomes como “tonto” ou “idiota” por parte do superior hierárquico, que em alguma ocasião terá mesmo afirmado que o funcionário em causa estaria “melhor morto”.
Ao fim de um ano de maus tratos, em julho de 2016, o jovem engenheiro pediu baixa médica, já diagnosticado com um transtorno de ansiedade. Em outubro do mesmo ano regressou ao serviço, ainda numa depressão profunda. Menos de 1 ano depois foi encontrado morto no seu apartamento.
O quadro superior sobre o qual recai a acusação de assédio moral reconheceu algum tipo de violência psicológica sobre a vítima, negando, no entanto, qualquer relação com o seu suicídio.