O recente ataque terrorista a um mercado de Natal na cidade alemã de Berlim poderia ter tido consequências ainda mais dramáticas, caso o Scania R450 que foi utilizado não contasse com um sistema de travagem automática de emergência.

A conclusão é do grupo de investigadores que está a analisar o atentado terrorista na capital da Alemanha (que causou 12 mortes) e que referiu a importância do sistema de segurança, imposto pela União Europeia nos veículos pesados com mais de 3.500 kg desde 2012.

De acordo com o site do Deutsche Welle, o camião parou ao cabo de 70-80 metros graças à ação de uma das funcionalidades integradas no sistema de Travagem de Emergência Automática (AEB) e que é denominado Travagem Pós-Colisão, que é, na prática, um sistema que trava o veículo após uma colisão inicial e que pretende, em situações de condução normal, evitar que um veículo siga desgovernado após um embate inicial.

Terá sido este o sistema que ajudou a parar o Scania antes de atingir mais pessoas no mercado de Berlim.

A ação do sistema apenas não foi mais vincada porque o condutor do veículo se sobrepôs ao sistema de travagem no momento prévio ao do atentado. Ou seja, antes do impacto, o sistema alerta o condutor e aplica os travões, mas caso o motorista acelere, trave ou atue na direção, pode desativar a travagem automática – ‘entendendo’ a eletrónica presente no veículo que o condutor está em controlo da situação. Caso o terrorista não tivesse feito qualquer uma daquelas ações, o veículo teria travado de forma autónoma.