Falando aos jornalistas na sua propriedade de Mar-a-Lago, o presidente norte americano afirmou já ter sido contactado por “grandes companhias, as maiores, que pretendem vir para os Estados Unidos”, referindo-se concretamente à indústria automóvel.
O dia 2 de abril é a data a partir da qual as taxas seriam aplicadas, um dia depois de os membros do seu gabinete lhe entregarem relatórios com as opções para uma série de direitos de importação, numa altura em que a sua administração procura reformular o comércio global.
Trump há muito que se insurge contra aquilo a que chama o tratamento injusto que é dado às exportações automóveis dos EUA nos mercados estrangeiros.
Na Europa, por exemplo, a EU cobra uma taxa de 10% sobre os automóveis americanos, mais do que a taxa de 2,5% cobrada pelos EUA aos automóveis europeus.Mas, em contrapartida, os norte-americanos cobram uma taxa de 25% sobre a importação de camiões e camionetas de países que não o México e o Canadá.
Com o presidente norte-americano a colocar pela primeira vez um número – 25% – à sua intenção de taxar a importação de automóveis europeus, sucedem-se os esforços diplomáticos para evitar uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a Europa.
O chefe do comércio da UE, Maros Sefcovic, reúne-se hoje com os seus homólogos norte-americanos – o Secretário do Comércio Howard Lutnick, o nomeado por Trump para Representante do Comércio dos EUA Jamieson Greer e o diretor do Conselho Económico Nacional Kevin Hassett – em Washington, para discutir as várias tarifas ameaçadas por Trump, de acordo com a Reuters.
Trump disse ainda que irá impor também uma taxa mínima de 25% à importação de medicamentos e chips semicondutores, que poderá aumentar ao longo do ano.