Estudo europeu conclui que gasóleo é pior que gasolina para alterações climáticas

18/09/2017

De acordo com um estudo realizado pela associação ambientalista Zero, os automóveis a gasóleo são piores para as alterações climáticas que os veículos a gasolina, pois emitem mais gases de estufa e são mais poluentes.

Ao analisar o ciclo de vida dos carros a gasóleo e a gasolina e ao comparar as emissões de dióxido de carbono (CO2), a Federação Europeia de Transportes e Ambiente, parceira da Zero, concluiu que os veículos propulsionados por motores diesel têm um maior impacto ambiental negativo.

Esse impacto deve-se a diferenças entre o processo de refinação de gasóleo e gasolina, e ainda, devido ao facto que motores diesel são mais complexos e pesados, o que faz com que seja necessário utilizar mais matéria prima e despender mais energia para produzir um motor diesel relativamente ao que é necessário para produzir um a gasolina

Ao misturar biodiesel com gasóleo aumenta-se o nível de emissões, o que também contribui para um maior impacto negativo ambiental de motores diesel.

Durante o seu ciclo vida, um veículo propulsionado por um motor diesel emite 3,65 toneladas de CO2 a mais que um veículo equivalente equipado com motor a gasolina.

A associação Zero refere que esta análise refuta a afirmação por parte de fabricantes automóveis que o diesel é necessário para atingir objectivos climáticos.

A Federação Europeia de Transportes e Ambiente considera que, através de impostos tendenciosos, o mercado automóvel europeu está enviesado a favor do gasóleo. Automóveis diesel representam 50% do mercado europeu, enquanto na China e EUA representam 2% e 1%, respectivamente.

Dois anos depois da descoberta que alguns fabricantes europeus manipulavam os resultados dos testes de emissões dos seus veículos equipados com motor diesel, a Federação Europeia de Transportes e Ambiente avisa que existem mais de 37 milhões de veículos que poluem para além do que foi oficialmente anunciado e circulam ilegalmente pelas estradas europeias. A Federação sugere que fabricantes assumam a responsabilidade das consequências negativas das suas acções e que financiem medidas locais com vista a diminuir poluição atmosférica urbana.