Como a falta de patrocinadores pode ‘matar’ a F1

18/03/2017

O chefe da equipa Haas no terreno, Guenther Steiner, diz não estar preocupado com a falta de patrocinadores no seu monolugar para esta segunda temporada da nova equipa norte-americana na F1, deixando claro que “podemos sobreviver sem eles”. Um caso curioso, que não tem paralelo entre as equipas mais pequenas do pináculo do desporto automóvel…

Além da marca Haas Automation, propriedade do dono da equipa, Gene Haas, apenas o logotipo de Richard Mille, um fabricante de relógios, pode ser visto no Haas VF-17. Questionado sobre a situação, Steiner respondeu: “Eu acho que se olharmos para as restantes equipas, que estão na F1 há muito tempo, e são muito estáveis, elas também não têm muitos patrocinadores. A F1 é um mercado difícil para os patrocinadores. Acho que se alguém quiser patrocinar-nos, ainda está à espera para ver se estamos estáveis no que estamos a fazer”, disse Steiner. “Nós esperávamos ter um pouco mais no monolugar? Claro, mas temos a sorte de ter a Haas Automation a patrocinar-nos, e por isso nós não vivemos tão dependentes doutros patrocinadores, podemos sobreviver bem sem eles. Nós tentaremos conseguir mais patrocinadores no carro, é claro, mas este é claramente um mercado difícil” disse Steiner, evidenciando uma situação que é conhecida há muito na F1. A verdade é que a Fórmula 1 está a perder patrocínios a uma velocidade acelerada. Por exemplo, o ano passado o conjunto de patrocínios na F1 ascendia a 750 milhões de dólares, quando se cifrava em 950 milhões três anos antes. Uma das causas? A passagem da televisão aberta para as ‘pay per view’. Caíram as audiências, caíram de imediato os valores pagos pelos patrocinadores. Demos como exemplo a Haas, mas este é um problema que se está generalizar, e se não for rapidamente invertido, vai acabar por ‘matar’ a F1. Mas vai demorar, e por isso há forma de inverter a situação…

Rodrigo Fernandes/AutoSport