Ferrari: Fénix renascida

22/03/2017

O que se viu da Ferrari durante os testes foi muito animador. Depois da péssima temporada de 2016, o trabalho feito nos bastidores de Maranello, ao que tudo indica, foi bom, e agora resta esperar pelo arranque do Mundial para se confirmar se o que se viu nos testes é mesmo ‘verdade’. O que a Ferrari fez, é, sem dúvida, mas o que é preciso saber é se chega, face à Mercedes. Até ver, chega. Depois de domingo, já não sabemos…

De qualquer forma, o ritmo visto em pista é uma recompensa para a abordagem agressiva no desenho do carro, com uma aerodinâmica ‘agressiva’, mas só agora vai saber-se se as entradas de ar muito altas nos flancos vão aguentar as temperaturas mais altas que encontrarão em comparação com os testes de Barcelona. Para já há mais dúvidas do que certezas mas a verdade é que tudo indica que a Scuderia fez realmente um bom trabalho.

O ano passado vimos a Ferrari a cometer alguns erros estranhos e perder James Allison, e isso não é bom. Basta ver para onde foi Allison. Apesar disto continua a haver gente boa em Maranello, que precisa de poder fazer o seu trabalho, sem o tipo de pressões vistas o ano passado, mais movidas pela emoção do que razão, e este tem sido talvez o principal problema nos dois últimos anos. É preciso que exista um líder forte, disposto a estabelecer as regras e não apenas responsabilizar os indivíduos, e é possível que a liderança da Ferrari seja o que poderá deitar a baixo uma boa base técnica. O ano passado chegou dizer-se que na Ferrari havia medo de arriscar, o medo de falhar, mas quando se bate no fundo (no contexto, claro) a partir daí só se pode subir, e é isso que está a acontecer, e a uma velocidade que poucos esperaram. Agora, é esperar para ver.

José Luís Abreu/AutoSport

Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.