Gilles Villeneuve: O piloto que fazia sonhar Enzo Ferrari

09/05/2017

Foi precisamente há 35 anos que perdemos Gilles Villeneuve, um piloto que depressa se tornou herói de muitos, devido aos seus enormes feitos em pista. Ironicamente, nunca conquistou um título mundial.

Joseph Gilles Henri Villeneuve nasceu em 1950 em Richelieu, província do Quebec, teve o seu primeiro contato com um volante aos sete anos de idade, aos 17 anos iniciou sua carreira no automobilismo, em corridas de motos de neve. Em 1973 rumou à Fórmula Ford, onde venceu o Campeonato do Quebec e ‘Rookie’ do Ano. Em 1974 rumou à Fórmula Atlantic, e em 1976 vence nove de dez corridas, alcançando os títulos norte-americano e canadiano. Era daqueles pilotos raros que aliavam garra e vontade de vencer a um jeito nato para a condução. No final desse ano vários pilotos de Fórmula 1 foram participar numa corrida de Fórmula Atlantic no Canadá e ficaram espantados ao serem batidos por este piloto local.

Repararam nele e depois de ser chamado pela McLaren para disputar o GP de Pau de F2, em França, foi posteriormente convidado para disputar a temporada de 1977 pela McLaren, como terceiro piloto, estreando-se na Formula 1 sem nunca ter corrido na Europa, depressa deixando fascinados todos os que acompanharam a sua curta carreira.

Na primeira das corridas, em Inglaterra, 1977, com a McLaren, Villeneuve, sem nunca ter conduzido um Fórmula 1, atacou os primeiros treinos livres com uma técnica até então desconhecida: começou por fazer cada curva do circuito o mais depressa que podia até entrar em pião e assim conhecer os limites do carro e dele próprio. Fez piões em todas as curvas, mas quando chegaram os treinos cronometrados classificou-se entre os dois carros de fábrica.

A partir desse fim de semana todos sabiam que Villeneuve ao volante era sinónimo de espetáculo e que não havia outro piloto que tirasse mais de um carro do que ele podia dar. Enzo Ferrari quis conhecê-lo e ficou encantado não só com a sua personalidade como pela paixão que Villeneuve tinha pela Fórmula 1 e pela Ferrari. Contratou-o de imediato, mesmo não sendo o tipo de piloto que mais falta fazia à Ferrari na altura. Este foi só o começo, o resto da história é bem mais conhecida.

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